Rev. Elimar e Pra Erica Gomes

sábado, 20 de agosto de 2016

Refletindo sobre a vida conjugal


No filme “300”, o rei Leônidas falou para seu filho: “A força de um espartano está no guerreiro próximo a ele. Dê respeito e honra a ele, e isto lhe será dado”. 
Acredito que essas palavras são propícias para a relação conjugal. Nenhum casamento se mantém com qualidade sem respeito e honra. Esses são laços indispensáveis numa relação a dois. 

A Bíblia diz que o marido deve amar sua mulher como a si mesmo, e a mulher deve tratar o marido com todo o respeito (Ef 5.33). O marido deve amar e honrar sua esposa (1 Pe 3.7), e a esposa deve ter uma conduta honesta e respeitosa para com o seu marido, num espírito dócil e tranqüilo, o que é de Grande valor para Deus (1 Pe 3.1-6). O casamento deve ser honrado por todos (Hb 13.4). 
Criei uma máxima que sempre estou repetindo: “Tudo está ligado com tudo”. O casamento é feito de um todo, não apenas de uma parte. Pouco adianta falar para um marido ser romântico com sua esposa, se ela estiver ressentida com ele por causa de ofensas passadas não resolvidas. Temos que cuidar de todas as áreas. A lista seria muito Grande, mas vamos enumerar algumas delas:

Afeto: O afeto deve ser o ambiente do casamento. Ele cimenta a relação conjugal. A mulher não pode ficar sem afeto. Há milhares de formas de dizer eu te amo. Crie o hábito de mostrar afeto. Isso deve ser planejado e leva tempo para ser desenvolvido. O afeto é um estilo de vida. Quando o seu casamento estiver conturbado, provavelmente estará faltando o afeto. Sem afeto não há romantismo. 

Sexo: Satisfaça as necessidades do seu cônjuge como você deseja que seu cônjuge satisfaça as suas. Explore sua sexualidade (1 Co 7.1-5). Afeto e consideração dão ao homem as chaves para a excitação feminina. Lembre-se sempre que a regra de ouro do casamento é a reciprocidade. Você não pode ter prazer no casamento se seu cônjuge não tiver prazer também. 

Comunicação: Cônjuges atenciosos conversam de forma atenciosa. O marido precisa separar tempo para sua esposa, como no namoro. Evite Dar ordens. Não fira o outro com palavras. Não force o outro a concordar com você. Deixe a outra pessoa falar também. Dê atenção exclusiva ao seu cônjuge. Evite lembrar os erros passados. Procure se interessar pelos assuntos favoritos do outro. 

Companheirismo: O casal que se diverte unido permanece unido. Quando Deus viu que o homem estava só, não criou dez amigos, e sim uma esposa (Gn 2.18).
Ninguém é capaz de fazer tudo o que gosta na vida. Não há tempo suficiente. 
Por que então não escolher atividades que possam ser compartilhadas com o cônjuge? Participe de atividades em que você e seu cônjuge possam divertir-se juntos. 

Honestidade: A honestidade é a melhor política de segurança no casamento. 
“…cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo pois todos somos membros de um mesmo corpo” (Ef 4.25). A honestidade é uma das qualidades mais importantes de um casamento feliz. Seja honesto com seus sentimentos. Não aparente. Até que ponto seu casamento é realmente honesto? 

Ser atraente: Atração física é o que você faz com aquilo que você tem. A mulher deve tentar mostrar-se do modo que seu marido quer que ela se mostre. Ela deve assemelhar-se à mulher com quem ele se casou. A maioria dos homens precisa de uma esposa atraente. As mulheres não têm essa mesma necessidade. 
Os dois devem cuidar da higiene. Sem higiene, tudo FICA mais difícil.

Finanças: A segurança financeira é uma forte motivação para o casamento, é um apoio emocional necessário na vida conjugal. Todos precisam ganhar o suficiente para viver. A ausência disso pode provocar várias expectativas, suposições e ressentimentos. É importante que se viva dentro daquilo que se ganha durante o mês. Quando se fala de qualidade de casamento, menos pode ser mais. 

Apoio doméstico: Ser uma boa dona de Casa, é uma excelente maneira de testemunhar na vida cristã (Tt 2.5). O marido deve ter a satisfação de voltar para Casa no final do dia e encontrar uma Casa em ordem com um ambiente agradável. Mas, experiências confirmam a importância das tarefas domésticas serem compartilhadas por ambos os cônjuges. 

Compromisso familiar: Quando falamos em compromisso familiar, não podemos nos limitar aos afazeres domésticos, providenciar comida e roupa. É imprescindível que o pai marque presença efetiva em Casa na criação dos filhos (Pv 22.6). A família toda precisa de um marido e pai comprometido. Isso dá segurança também para a esposa. Um bom marido deve ser um bom pai.

Oração: A oração além de aproximar o casal, ainda revela o que deseja o seu conjuge, uma vez que ele(a) externaliza o que está na sua mente e coração.

Admiração: Todos nós gostamos de ser admirados e elogiados freqüentemente. 
Fomos criados com essa necessidade. É fácil elogiar e faz muito bem para quem recebe. O livro de Cântico dos Cânticos é um exemplo da importância que tem a admiração mútua na vida de um casal. A auto-estima deve começar em casa. Ao lado de todo o homem deve haver uma esposa admiradora.

Conclusão:
Nosso casamento pode melhorar, pode crescer, mas não podemos esquecer que o casamento é feito de detalhes. “Não devemos, ao pensar em como fazer grande diferença, ignorar as pequenas coisas diárias que podem, com o passar do tempo, resultar em grandes diferenças que freqüentemente não conseguimos antever”. 
Separem tempo para se tocarem diariamente. Carinho e carícias fazem bem à saúde física e emocional. Se abracem. Andem de mãos dadas. Descubram coisas que os façam rir juntos. Rir aproxima as pessoas. Quanto mais vocês rirem juntos, mais se amarão. Um casamento sem senso de humor, é como uma carroça sem molas: sacudida por cada pedrinha da estrada. Estabeleçam metas conjugais e as persigam. Deus nos ajude. Amém. 

Notas do Artigo:
Material Copilado e adaptado.
Imagens colhidas na Internet.
Para esclarecimentos e aconselhamentos, escreva-nos no email: prelimargomes@gmail.com
Para agendar simpósios de casais, liderança e de missões, ligue-nos no Oi-Zap 71.98811-2090, Vivo zap 71-99991-2417 e Claro zap 71-98285-9232

Deus nos abençoe a todos.

Em Cristo

Rev Elimar Gomes-Alves

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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO

Atendendo a solictações recebidas, segue abaixo uma palestra sobre a IMPORTANCIA DO DISCIPULADO...
 

Para os proximos dias estarei publicando um texto concernente este assunto, expondo assim uma visão minha acerca de um assunto tão importante e tão negligenciado em muitas de nossas igrejas, ditas evangelicas...

Forte abraço a todos,

Rev Elimar Gomes-Alves

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Os Fundamentos Espirituais da Família.

Mateus 7:24-27



“24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; 25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. 26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; 27 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.” (Mateus 7:24-27 RA)


1. Introdução

Ao ler este texto, percebemos que uma casa resiste às tempestades, por causa de seu alicerce. O alicerce é a base, é o fundamento, é o sustentáculo de uma casa. Quando o alicerce é firme, segundo Jesus, a casa resiste ao tempo, ao vento, aos temporais.

Assim também é a família, o casamento. Para que resista, precisa de alicerces. Jesus nos fala de dois alicerces. Um fraco, feito de areia e outro forte, feito de rocha. O grande desafio para as famílias, e casais aqui presentes é que tenhamos nossas vidas alicerçadas na Rocha.


2. Quais são os alicerces de uma família?

2.1) Comunhão

1 João 1:7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Mas, o que é comunhão? Comunhão é a participação em comum de crenças, interesses, idéias, opiniões. Para andar em comunhão uma família ou um casal, precisa compartilhar, precisa ter cumplicidade, precisa combinar em harmonia suas decisões. Enfim, se há uma idéia que resume a comunhão é a harmonia.

A comunhão na vida familiar do casal tem sido atingida por alguns inimigos. Vejamos:

Trabalho excessivo. ILUSTRAÇÃO. Me lembro da história de um pai que trabalhava excessivamente. Certo dia o filho diz ao pai: Papai, preciso falar com o Senhor. O pai responde: Menino, não tenho tempo para conversar. Meus clientes pagam por minhas horas. Alguns minutos depois, o filho entristecido pergunta ao pai: Pai, quanto custa a tua hora? Eu gostaria de comprá-la, para poder ter a tua atenção. O pai, cai em si, e percebe que estava errando com a sua família.


Há um programa de televisão que fez muito sucesso, na televisão brasileira, que é a super Nani. Quando um pai ou mãe não conseguem dar conta dos problemas de seus filhos, chamam esta psicóloca. O que constatamos, em muitos dos problemas destas famílias expostas na mídia, é que muitos destes pais são ausentes e distantes de seus filhos e famílias. Não se relacionam mais, não conversam mais, não convivem mais com os seus.

Temperamentos não controlados por Deus. Certa vez estava conversando com uma esposa, frustrada com seu casamento, quando em certo momento, ela diz: Pastor, meu problema é que eu e meu marido temos temperamentos incompatíveis.

Lembremos do que diz a palavra de Deus em Romanos 8:13: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.” Ainda em Gálatas 5:16: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne”.


Não acredito que existam pessoas com temperamentos incompatíveis, mas pessoas incompatíveis com a vontade e plano do Senhor para suas vidas. Acredito que o domínio do espírito é mais poderoso do que as fraquezas de nossos temperamentos. Por isso, creio que o nosso temperamento pode ser dominado pelo Espírito que atua em nós.

Creio que, temperamentos que não são controlados por Deus podem destruir uma família, mas temperamentos controlados pelo Espírito Santo geram os frutos de espírito e trazem grandes bênçãos para a família.

Coloquemos por terra, em nome de Jesus estes inimigos da comunhão.


2.2) Perdão

“21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? 22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mateus 18:21-22 RA).

Pedro ainda limitava o poder do perdão em sua vida. Jesus lhe mostra que o perdão tem que ser exercido constantemente na vida cristã.

Mas, porque alguns tem dificuldade de perdoar? Vou destacar alguns motivos:
- O orgulho ferido.
- Intolerância com as falhas de outros.
- É difícil perdoar porque as vezes nos sentimos como vitimas.
- Perdoar pode ser um ato difícil pois quem perdoa precisa dar a volta por cima e esquecer a ofensa.


O pregador Moody, falando sobre perdão disse: “Aqueles que dizem que perdoam mas não podem esquecer, simplesmente enterram a machadinha, deixando o cabo de fora para usá-la da próxima vez”.

Quem perdoa, precisa superar as feridas abertas no passado. Não podemos viver na sombra do passado, pois viver com Cristo é viver algo novo a cada dia. 2 Coríntios 5:17 diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”

Alexander Poper disse: 'Errar é humano, perdoar é divino'.


2.3) O amor

Ao lermos I Coríntios 13: 7, entendemos porque o amor é um alicerce importante na família. O texto diz: o amor “…tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Paulo diz que o amor tudo sofre. Lembremos do quanto Jesus sofreu por nós, de como Ele suportou nossos pecados. Mediante o exemplo de Jesus somos levados a perguntar o quanto temos suportado algumas provações por causa do amor a Deus. O amor a Deus nos leva a suportar a cruz que precisamos levar em nossa caminhada.

Paulo também diz que o amor tudo espera. O amor nos ensina a esperar a oportunidade certa, ou a hora em que Deus vai agir. Sabermos esperar é importante que não nos precipitemos. Será que continuamos a esperar a nossa vitória, com absoluta convicção de que Deus ama?

Jesus tinha um amor desse tipo por nós. Ele deu a sua vida por nós. Mary Stessor diz: “Amar é viver em favor de alguém ou de algo”. Jesus viveu em nosso favor, viveu a ponto de se sacrificar por nós.

O grande pregador John Stott define o amor da seguinte forma: “Amor é mais serviço do que sentimento”. O amor de Cristo foi demonstrado por serviço, por atos, por gestos.

O amor de Deus gera em nós um sentimento de misericórdia semelhante ao de Deus que diz a Abraão: “Não destruirei Sodoma por amor dos dez”. Gn. 18:32. O amor de Deus nos leva a fazer sacrifícios como o de Jacó, que por amor a Raquel, trabalhou 14 anos para conquistá-la em Genesis 29. A amizade de Davi e Jonas resistiu a todos os ataques do rei Saul contra a vida de Davi. Quando temos o amor de Deus, grandes amizades não são sacrificadas por conflitos e pressões externas.

Quando temos em nossos corações o amor de Deus, temos o mesmo sentimento daquela verdadeira mãe, que diante de Salomão prefere abrir mão da maternidade de seu filho para uma falsa mãe do que vê-lo morrer. I reis 3:26.

Deus espera que nós tenhamos esse amor em nossos corações. O amor de Deus nos convence que o sentido da nossa existência não é vivermos apenas para nós mesmos em um mundinho de egoísmo, mas sim para fazer o bem pelos outros.


3. Conclusão

Retomando o texto que lemos acerca de Jesus falando da casa sobre a rocha diz: “…. e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha”.

A idéia mais importante aqui, a respeito desta casa, é resistência. Resistimos quando estamos edificados. Resistimos porque o mesmo Deus que estava com Moisés, declarou que estaria com Josué, e também esta conosco. E é o Senhor que promete:”ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo, não te deixarei, nem te desampararei”. Josue 1:5.

Com amor, perdão e comunhão, as crises virão, os problemas aparecerão, a dor chegará, mas a tua família permanecerá unida, firme e indestrutivel em Cristo.

Que o Senhor nosso Deus abençoe nossas familias, por meio do Espirito Santo, através do nome de Jesus Cristo nosso salvador.

No amor do Pai.

Rev Elimar Gomes-Alves
Copilador e adaptador do texto.
Autor: Josias Moura | Divulgação: estudosgospel.Com.BR






sábado, 4 de junho de 2016

Refletindo sobre os dias atuais

Deus permitiu que muita gente se decepcionasse com a igreja! Isso mesmo! Creio nisso com muita convicção. São muitas pessoas que nos procuram e confessam suas decepções com suas denominações, com seus líderes, pastores e com seus ministérios.

O ativismo frenético das igrejas com ensaios,  reuniões e movimentos tem nos enganado, fazendo com que a gente creia que isso é relacionamento com Deus. Embora estar envolvido e ativo numa congregação seja algo excelente e proveitoso e que mostra nosso comprometimento com Ele, sabendo que essas atividades podem nos manter próximos da obra de Deus, mas se não vigiarmos pode nos afastar  do Deus da obra.

Um exemplo de nossas agendas semanais: Domingo- EBD ás 9 hrs; ás 10 culto de louvor; ás 18 culto da família. Segunda- ás 15 hrs culto de campanha e ás 19 seminário. Terça: 19 culto de doutrina. Quarta: Tarde da benção ás 15 hrs. Quinta: culto de libertação ás 19 hrs. Sexta: Vigilia ás 22 hrs. Sábado: reunião do circulo de oração ás 9 hrs; culto da mocidade ás 19. E por aí vai, sem citar cultos e/ou reuniões extras a depender do mês ou celebração anual.

Acredito que o Espirito Santo está permitindo que muitos desvios sejam descobertos, que muita falsidade venha à tona e que a falta de amor seja evidenciada com o seguinte propósito: para que deixemos de nos apoiar sobre muletas da instituição e nos lancemos com confiança nos braços do Pai.

Corremos o risco de vestirmos a camisa da denominação, abraçando ministério de homens e lutando por causas humanas que perecem, enquanto a viúva permanece solitária e desamparada, o orfão chorando e os abatidos sem esperança.

Precisamos entender que congregar é diferente de fincar estacas. Tem gente que fincam estacas num cargo e não abrem mão dele nem por decreto constitucional. Outros se sentem donos da igreja, abrindo e fechando,  permitindo ou barrando, definindo quem fica e quem vai. E há ainda os que nos vêem como números, sem alma e espírito, só corpos e dinheiro. Mas, o Sangue de Jesus tem poder para abrir os seus olhos.

A questão não é deixar ou não de congregar e sim o que é congregar.

Quando um evangélico diz que não se deve abandonar a congregação, na verdade ele quer dizer assim: Não deixe de ir à igreja-templo, não deixe de ter a “cobertura espiritual” do pastor que lá ministra a Palavra de Deus, não deixe de tomar a ceia porque ela é o medidor espiritual do crente, não deixe de entregar o dízimo na igreja porque se não o devorador vem e come tudo, não deixe de freqüentar todos os eventos, senão você esfria na fé, principalmente o culto de doutrina, ou seja, existe uma preocupação em passar de geração em geração a tradição doutrinário-ritualística. Enfim, isso é congregar. Para o católico não precisa disso tudo, não perdendo a missa dominical tá beleza.


Antes de falar do texto predileto que trata do assunto no N.T. quero falar da congregação segundo Jesus. Eu não consigo ver na fala de Jesus a intenção de formalizar um lugar aonde pessoas pudessem sempre estar se reunindo e limitando toda sua vida religiosa a esse lugar, não consigo nem ver um credo a ser aprendido a não ser o amor. A congregação de Jesus não tinha paredes, nem bancos, nem credos, ela acontecia enquanto ele caminhava pela Palestina. Umas vezes no mar da Galiléia, outras vezes a caminho de Cafarnaum, outras no caminho de Cesárea de Felipe, outras vezes no templo, outras nas sinagogas, em fim, congregar pra Jesus não é ajuntamento quantitativo e sim relação pessoal no caminho. É certo que ele parava, pregava, curava, mas sempre sem fazer do lugar um “tabernáculo de fé”. Ele mesmo disse: “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. A congregação de Jesus acontece enquanto vivemos, trabalhamos, enfim é na vida. Teria outros exemplos para citar como o da mulher samaritana doida pra que Jesus dissesse aonde era o “lugar da benção”, Pedro no monte da transfiguração querendo fazer a “tenda da revelação”, enfim, a moçada tava sempre querendo que ele fincasse a estaca da institucionalização, mas Ele foi um peregrino, estava de passagem como nós também estamos, mas nós sempre queremos ter um lugar e Ele não!

Chegando ao texto que é geralmente citado (Hebreus 10:25) colocarei várias traduções e depois irei à versão grega para entendermos melhor o que o autor estava nos encorajando.

Lá vai...

VERSÃO – ALMEIDA CORRIGIDA E REVISADA FIEL
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.”

VERSÃO – ALMEIDA REVISADA ALMEIDA BÍBLICA
“Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.”

VERSÃO – NOVA VERSÃO INTERNACIONAL
“Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.”

VERSÃO – BÍBLICA BRITÂNICA
“Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, mas exortando uns aos outros, e tanto mais quanto vedes chegar o dia.”

VERSÃO – CATÓLICA
“Não abandonemos a nossa assembléia, como é costume de alguns, mas admoestemo-nos mutuamente, e tanto mais quando vedes aproximar-se o Grande Dia.”

VERSÃO - GREGO
μη εγκαταλειποντες την επισυναγωγην εαυτων καθως εθος τισιν αλλα παρακαλουντες και τοσουτω μαλλον οσω βλεπετε εγγιζουσαν την ημεραν.

Essas são as versões mais usadas, já essa última é a versão grega. Não é minha intenção explicar todo esse verso por que a ênfase toda do texto recai sobre a palavra (επισυναγωγην – EPISINAGOGE) que nas versões citadas acima são traduzida por: congregação, igreja e assembléia)

Segue uma explicação muito interessante de um indivíduo chamado J. PRESTON EBY:

A palavra grega para “reunião” é EPISUNAGOGE. A palavra, literalmente, é um verbo que significa “sinagogar”. Ela é composta do prefixo grego EPI com a palavra SUNGOGE de onde tiramos nossa palavra transliterada para português, Sinagoga. EPI significa super – imposição – o que é de cima, mais alto que, o mais alto, sobre. SUNAGOGE significa um encontro, reunião, ou ajuntamento. Colocando estas duas palavras juntas, EPI-SUNAGOGE significa A SINAGOGA DE CIMA, O MAIS ALTO ENCONTRO, A MAIS ALTA REUNIÃO, O MAIS ALTO DE TODOS OS AJUNTAMENTOS! Trata-se de algo muito maior do que coletar muitos corpos viventes em um lugar. É uma reunião em um lugar mais elevado, em um plano mais alto, nos lugares elevados do Espírito, e na mais elevada Verdade. É um ajuntamento em uma dimensão na parte de cima. Indica uma reunião NO ESPÍRITO, como Paulo também testificou, “e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2:6). Dezenas de milhares, sim, dezenas de milhões de crentes reunidos juntos em “edifícios religiosos” todos os domingos pela manhã, e porque eles fazem o esforço de levantarem da cama, prepararem a família, e se dirigirem para um assento confortável, estão convencidos de satisfazerem os requerimentos da ordem divina: “Não deixando a nossa congregação".

Meu amado, eles nem mesmo tocaram a orla da veste desta verdade! Não vivemos para abandonar ou negligenciar aquele maravilhoso assento que temos juntamente COM CRISTO NAS REGIÕES CELESTIAIS! É precisamente isso o que aquela passagem esta dizendo. Hebreus 10:25 é nada mais do que palavras mortas, até que sentemos na presença do Pai, unidos em adoração com espíritos afinados, e compartilhando daquela santa comunhão adentro do véu!


Somente quando o Espírito chama para o espírito é que as profundidades da verdade eterna são abertas. A multidão que se reúne toda semana para cantar, ensinar, etc, nunca descobriu a gloriosa e eterna realidade daquela SINAGOGA DE CIMA. Eles não se encontram ou ministram ou vivem daquele mais alto lugar celestial da SUA VIDA. Quando nos reunimos com uma companhia de eleitos, não devemos pensar deles como sendo todos aqueles com os quais adoramos e ministramos. O verdadeiro sacerdote é alguém de uma grande multidão alegre, que consiste no templo espiritual construído com pedras vivas de homens e mulheres redimidos e transformados. Como sacerdotes no SANTUÁRIO CELESTIAL, o VERDADEIRO TABERNÁ-CULO que é de cima, somos apenas parte de uma grande e universal congregação que consiste de todos os santos eleitos que viveram antes, e aqueles que vivem agora, reunidos em todas as eras, e em todas as partes do vasto universo de Deus. O pregador, o prisioneiro, o viajante, a mãe, o rei – todos se encontram NO REINO ESPIRITUAL, adoram e ministram naquele lugar. Todos são sacerdotes, e lá está o Sumo Sacerdote da nossa confissão, que tem nos estimulado desde os céus e vive sempre como o Ministro do santuário celestial. Ele é “um ministro do verdadeiro tabernáculo”. E assim somos nós! Ele nos ressuscitou e nos fez assentar juntamente com Ele nestes lugares celestiais, e Ele nos fez para sermos reis e sacerdotes. Não é “na igreja” no domingo pela manhã que conhecemos o poder deste sacerdócio; é EM ESPÍRITO E EM VERDADE, é REUNIDO NA SINAGORA DE CIMA, em realidade interior, todo momento, em todo lugar, toda situação e circunstância quando vivemos, andamos e nos movemos em SEU REINO. O espírito regenerado se torna um fator componente na doce harmonia do Reino espiritual de Deus. E que Reino! E que harmonia! Em duração ele é para sempre. Os montes de granito podem se derreter; a terra pode deixar sua órbita e cair no caos da colisão dos mundos; Órion, Arcturo, e Plêiades podem deixar de viajar nos corredores santos do céu; o sol pode se tornar escuro; os céus podem ser enrolados como um livro, e como uma roupa podem ser dobrados; mas abaixo do cetro do Rei eterno, imortal, invisível, o único Deus sábio, nosso Pai, o Reino dos Céus ainda deve permanecer e se mover na mais doce harmonia com Sua santa vontade. Pois, neste alto e santo Reino nenhuma força jamais se choca, nenhuma lei jamais falha, nenhuma verdade jamais se desvia, nenhuma beleza jamais se murcha, nenhuma luz jamais perde seu brilho, nenhum bem jamais cresce pouco, nenhuma vida jamais se torna velha, nenhum amor jamais se torna frio, nenhuma alegria jamais cessa, nenhuma harmonia jamais tem uma discórdia. Desde o começo das manhãs cantaram juntas e os filhos de Deus começaram a gritar de alegria, ritmo e êxtase rolaram para cima e avançaram através de todo o ilimitado e eterno universo espiritual como a doce expressão da mente e vontade do poderoso Deus. O universo, este universo mais elevado que os céus, este Reino dos Céus, é o lar e herança de todo filho de Deus. O filho pertence a este universo, e este universo pertence ao filho. O filho está neste universo e este universo está no filho. O filho se mantém em harmonia com este universo e este enche sua alma de cânticos. O filho percebe esta verdade, desfruta das suas belezas, e participa da sua santidade. Não há nenhum lugar neste universo onde o filho não possa se sentir em casa – nenhum lugar onde ele não tenha direito de estar; porque foi do agrado do Pai dar a ele o Reino. Sua vida não é medida em anos, mas pelas possibilidades de sucessos e expansibilidade. Ele já foi trasladado para este Reino Celestial. (Cl 1:13). O homem interior que é revelado dia a dia, o homem celestial nascido de cima pela incorruptível semente da palavra de Deus, o novo homem que é criado por Deus em justiça e verdadeira santidade não pode, pela verdadeira natureza do seu ser, jamais ser separado da consciência e realidade desta existência celestial, contrário à argumentação daqueles que ensinam que os santos que já partiram morreram como cães, sem esta consciência ou existência, até o dia da ressurreição. “Se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Cl 3:1). A divindade e a eternidade nascem no homem que é nascido do Espírito. Agora ele é um filho de Deus, mas ainda não se tornou visível o que ele será. Não devemos deixar esta SUPERIOR SINAGOGA fora da nossa reunião – a comunhão, corporação e expressão conjunta neste mais alto de todos os lugares – O ESPÍRITO! Através do qual podemos nos encontrar e cantar milhares de cânticos de louvor e pregar milhares de sermões do Livro de Deus – se falharmos em tocar este alto lugar de vida e realidade no espírito não temos mais a “superior sinagoga” – meramente nos reunimos e fizemos algumas coisas religiosas no plano baixo da atividade da alma.

Para simplificar, congregar é buscar viver a realidade do Reino de DEUS na terra entre os homens, simples assim.

Portanto, eu nunca deixei a congregação de cima e nunca a deixarei, deixei a da terra, a da placa, a visível, a que tem forma. A congregação que faço parte só Jesus sabe onde fica, ela não tem lugar fixo, ela está onde estiver dois ou três.

Lembre-se: em suas relações humanas uma igreja verdadeira corrige, acolhe, aconselha, ouve, visita, compadece e apascenta com muito amor e sem outros interesses. Sem isso, ela (a igreja) só é um ajuntamento qualquer de pessoas.


terça-feira, 1 de março de 2016

Será Tarde Demais Para se Arrepender?


Eu tenho o prazer de lidar com um grande número de pessoas que duvidam da sua fé cristã. Não, eles não são céticos do cristianismo (embora eu também lide com muitos desses), eles são cristãos  que querem parar de duvidar. Eu digo "prazer" porque essas feridas, na maioria das vezes, podem ser curadas, e eu me sinto honrado de ter este papel na vida de muitos crentes feridos. Aprendo assim que ser "pastor" não é um oficio e sim um chamado, uma vocação um ministério dado pelo próprio Jesus a sua igreja, confirmando o que o apostolo Paulo deixou escrito para nós em Efésios, capitulo 4, verso 11.

Muitos destes cristãos sofrem com a agonia da incerteza, lutando para se manter acima da água da vida que muitas vezes os querem afundar. Eles duvidam da presença de Deus, do amor, da existência, e de sua salvação (entre outras coisas). Uma pessoa, no ano passado, me escreveu por três vezes lutando com o mesmo problema em seu pensar. Tal pessoa acreditava que Deus a odiava e que ela jamais poderia ser restaurada. Ela se referiu a muitas passagens bíblicas em apoio à sua ansiedade. Havia o "pecado para a morte" em 1 João 5.16. E, claro, se referiu à "blasfêmia contra o Espírito" em Mateus 12.31. Mas a que repetidamente serve como ilustração é encontrada em Hebreus 12.17: ''Pois sabeis que, posteriormente, querendo herdar a benção, [Esaú] foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado".

Esta é uma passagem verdadeiramente muito difícil, especialmente para aqueles que duvidam de sua fé e segurança no amor de Deus. Deixe-me tentar explicar de uma forma que venha, com esperança, consolar o coração partido espiritualmente.

Esaú foi impedido de se arrepender?

O arrependimento é o outro lado da fé. Quando vamos a Cristo, estamos arrependidos de muitas coisas, incluindo o nosso orgulho, que nos mantém longe de Deus desde o início. Estamos arrependidos de nosso antagonismo em relação a ele. Nosso arrependimento é ilustrado em nossos joelhos curvados. E então, confiamos que Deus nos perdoa. O assustador sobre esta passagem é que parece que Esaú está tentando voltar para Deus em arrependimento, mas ele não pode. Eu não acho que esse é o caso.

A questão é: O que Esaú estava buscando com lágrimas? O que é o "o", de  Hebreus 12:17 ("com lágrimas, o tivesse buscado")? Muitas pessoas acham que é o arrependimento. A ordem das palavras deixa outras possibilidades obscuras. Pelo valor nominal em muitas traduções, parece que é por arrependimento que Esaú está buscando. Observe as leituras nas seguintes traduções:

Almeida Seculo 21, 1 Edição 2008: Porque sabeis que, mais tarde, querendo ele ainda herdar a bênção, foi rejeitado; e não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse com lágrimas.

Almeida Revisada Imprensa Bíblica: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse diligentemente com lágrimas.

Almeida Corrigida e Revisada
Fiel: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscasse.

Sociedade Bíblica Britânica: Pois sabeis que quando ele ainda depois desejava herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, embora o buscasse diligentemente com lágrimas.

Cada uma destas traduções dá a impressão de que Esaú buscou basicamente por arrependimento. Se assim for, este é um motivo de grande preocupação, uma vez que ensina que talvez sejamos capazes de voltar para Deus com lágrimas, verdadeiramente procurando o arrependimento, mas não seremos capazes de encontrá-lo. Ela ensinaria que pode haver pessoas que realmente querem transformação a partir de seu pecado, mas não conseguem encontrar a misericórdia de Deus. Pode ensinar que você poderia se aproximar do trono de Deus pedindo o dom do arrependimento e ser desligado. Pode ensinar que há um momento nessa vida em que é tarde demais, não importa o quanto você deseja mudar. Isso é assustador.

Buscando arrependimento ou bênção?

No entanto, há outra, e eu acredito de maneira mais fiel de entender esta passagem. O pronome "o" não tem um, mas dois possíveis antecedentes. Quando estruturado na forma das traduções que citei, o jeito mais comum de ler é procurando a possibilidade mais próxima como o referente ao que Esaú procurou. E o mais próximo referente à "o" é realmente "arrependimento". No entanto, a língua grega segue um conjunto de regras diferentes. A ordem das palavras é secundária à inflexão. A palavra "o" é um pronome feminino, o que significa que o substantivo que modifica será feminino também.

Neste verso há dois substantivos femininos no grego: "arrependimento" e "bênção".

Portanto, há duas opções viáveis aqui para o que Esaú buscou com lágrimas. Ou era arrependimento ou a bênção. Não é necessariamente preferível se basear em gramática e sintaxe, por isso temos de olhar para o contexto da história que o autor de Hebreus faz referência. Então, vamos olhar para a história de Esaú.

Vejamos outras traduções da Biblia que elucidam melhor este meu pensamento:

Nova tradução na Linguagem de Hoje: Como vocês sabem, depois ele quis receber a bênção do seu pai. Mas foi rejeitado porque não encontrou um modo de mudar o que havia feito, embora procurasse fazer isso até mesmo com lágrimas.

Nova versão Internacional: E mais tarde, quando novamente ele quis aqueles direitos de volta, era tarde demais, embora tivesse chorado lágrimas amargas de arrependimento. Portanto, lembrem-se disso e tenham cuidado.

A Bíblia Viva: E mais tarde, quando novamente ele quis aqueles direitos de volta, era tarde demais, embora tivesse chorado lágrimas amargas de arrependimento. Portanto, lembre-se disso e tenham cuidado.

A perda da bênção de Esaú

Quando nos voltamos para a narrativa em Gênesis 27, vemos Esaú sendo enganado por Jacó e sua mãe, que lhe tiram sua benção. Após Esaú descobrir que tinha sido enganado e que Isaque abençoara a Jacó, ele se desesperou. Observe como a história continua:

Respondeu-lhe o pai: "Veio teu irmão astuciosamente e tomou a tua benção". Disse Esaú: "Não é com razão que chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha." Disse ainda: "Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?" Então, respondeu Isaque a Esaú: "Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?" Disse Esaú a seu pai: "Acaso, tens uma única bênção meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai." E, levantando Esaú a voz, chorou.

Esaú, de fato, chorou e se arrependeu. Mas o que fez ele chorar? Foi a perda de sua bênção. O contexto em Gênesis é claro. Acredito que devemos ver a passagem de Hebreus pelo contexto do enredo original. O autor de Hebreus está dizendo que Esaú buscou a sua bênção, não arrependimento, com lágrimas.

Graça Radical

A Bíblia diz que  nunca existirá um dia antes da morte em que o arrependimento estará além do nosso alcance. Isso é o que continuei dizendo a pessoa  que falei anteriormente.

Mesmo o ladrão na cruz encontrou tal graça sendo humilde e demonstrando arrependimento em suas palavras a  Jesus dizendo: "Lembra-te de mim quando entrares no teu reino".

Esta é a maravilha do nosso Deus e do evangelho. O amor de Deus torna o arrependimento sempre aceitável, não importa onde você se encontra na vida. Se você buscar por arrependimento, você vai encontrar. A graça de Deus é radical e definitiva. Aproveite o momento e arrependa-te hoje! E lembre-se: arrependimento é diferente de remorso! Arrependimento gera mudança de atitude, gera conversão enquanto o remorso apenas uma dor momentânea e um desconforto pela convicção que praticastes alguma coisa contrária a caminho natural das coisas.

Lembre-se do texto que diz: "Aquele que arrepende e deixa, alcança misericórdia" Pv 28:13.

Termino dizendo para você leitor a respeito da importância de se aproveitar a oportunidade eficaz: "se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça 1 Jo 1:9. Lembrando que em Romanos 10:8-10 diz: "pois a salvação que vem da confiança em Cristo - aquela que pregamos - já é de fácil acesso a cada um de nós; de fato, ela está tão perto como nossos próprios corações e nossas bocas. Pois se vocês contarem aos outros com seus próprios lábios que Jesus Cristo é o seu Senhor, crendo do fundo do coração que Deus o levantou dentre os mortos, serão salvos. Porque é crendo de coração que um homem se torna reto para com Deus; e com a boca é que ele fala da sua fé aos outros, confirmando assim a sua salvação (Biblia Viva).

Deus vos abençoe!

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Estudando Apocalipse 13


Apocalipse 13 é um dos mais fascinantes se misteriosos capítulos de toda a Bíblia. Esse capítulo é singular para a nossa época, porque não identifica países definidos por fronteiras; em vez disso, ele fala do mundo inteiro – um mundo global. Essa mensagem simplesmente ignora que o planeta Terra é dividido em cinco continentes e aproximadamente 200 nações. Ele ignora que essas nações são diversas, falam línguas diferentes, têm diferentes culturas, praticam várias religiões, têm seus próprios costumes e festejam seus próprios feriados. Apocalipse 13 ignora tudo isso e simplesmente nos revela um mundo único no final dos tempos: uma Nova Ordem Mundial para todas as pessoas do planeta Terra.

Sabemos que uma situação dessas seria impossível um século atrás. O mundo era muito diversificado e dividido por fronteiras nacionais, mantidas por forças militares. Mas, hoje em dia, está acontecendo uma coisa que nunca aconteceu antes: a corrida em direção ao globalismo.

Durante a crise financeira internacional, o globalismo atravessou um terreno instável, em que as nações tentaram desesperadamente cuidar de si mesmas. Neste contexto, o protecionismo tornou-se uma questão séria para o mundo. Mas tudo isso é temporário. Não devemos jamais permitir que nossa visão da profecia bíblica seja obscurecida pelas circunstâncias atuais. No fim das contas, o mundo precisa, e irá, se tornar um. Essa é uma sentença irrevogável da profecia bíblica.

Apocalipse 13 mostra o resumo do sucesso fraudulento de Satanás, o deus deste mundo e príncipe das trevas que dominou o planeta Terra com suas artimanhas. Esse capítulo da Bíblia fala de política, comércio e religião; tudo junto. A autoridade terrena é o Anticristo; seu poder é absoluto. Ninguém pode existir no planeta Terra se não tiver a marca da besta.

Os 18 versículos de Apocalipse 13 são uma mensagem compacta sobre o final dos tempos, destacando três identidades principais:

1. O dragão;

2. A primeira besta, que é o Anticristo; e

3. A segunda besta, que é o falso profeta.

Trindade e criação

O dragão, a primeira e a segunda besta são uma imitação da Trindade de Deus. Sua tarefa é a criação de duas coisas específicas: 1. A imagem da besta; e 2. A marca da besta.

Enquanto Deus criou o homem à sua imagem e lhe ordenou que sujeitasse a terra, a trindade do mal cria a imagem e a marca da besta para sujeitar o homem. O propósito de Satanás é tornar o homem sujeito à sua autoridade. Satanás quer ser Deus. Essa, em resumo, é a história da humanidade.

Introdução à revelação de Jesus Cristo

A mensagem desse capítulo precisa ser entendida, estudada e analisada no contexto de todo o livro do Apocalipse.

O livro começa com: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João” (Apocalipse 1.1); e termina com: “A graça do Senhor Jesus seja com todos” (Apocalipse 22.21). Ele é, portanto, a Revelação de Jesus Cristo.

Os três primeiros capítulos revelam o Senhor exaltado e suas mensagens para sete igrejas especificadas por seus nomes. Essas igrejas são geográfica e historicamente identificáveis. São igrejas reais, existentes na terra.

Céu aberto

Então, no capítulo 4, algo diferente acontece: “Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas” (v. 1). Agora, o lugar do evento é o céu. O texto menciona especificamente que João recebeu ordem de subir “para aqui” a fim de ver e transcrever “o que deve acontecer depois destas coisas”.

Fora deste mundo

Ao lermos o livro de Apocalipse, é importante entender que esta é uma mensagem vinda do céu. João está na presença do Senhor, no céu. Estamos diante de algo que, literalmente, não é deste mundo, mas é endereçado às pessoas da terra, particularmente àqueles que leem e ouvem: “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apocalipse 1.3).

Coisas físicas terrenas e coisas físicas espirituais

Ao lermos o livro de Apocalipse como crentes em Cristo, precisamos pedir sabedoria para distinguir entre coisas físicas terrenas e coisas físicas espirituais.

Aqui está um exemplo: No capítulo 1, encontramos uma descrição do Senhor:

“Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingidas, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força” (v. 12-16).

João é incapaz de descrever o que está vendo, senão através de definições metafóricas. Observe as palavras “semelhante” e “como”. Os seus cabelos eram brancos “como neve”; seus olhos, “como chama de fogo”; seus pés “semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha”; a sua voz “como voz de muitas águas”. Se deixarmos nossa imaginação correr solta, construiremos uma figura delirante: um homem com cabelo branco, com labaredas saindo dos olhos, pés pegando fogo, e com uma voz parecendo as Cataratas do Niágara. Esses pensamentos nos levam a uma imagem distorcida da realidade espiritual que o autor tenta transmitir no livro de Apocalipse.

Vejamos alguns outros exemplos.

Irreal, em termos terrenos

No capítulo 5, lemos estas palavras: “... eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu...” (v. 5). No verso 6, lemos: “... entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto...”. Obviamente, o Senhor não havia se transformado num animal, num cordeiro, e nem num leão. Ele é aquele que Isaías descreve: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6).

Mas, novamente, acho que todos nós concordamos que uma criança não poderia ser chamada de “Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Sob o ponto de vista intelectual, não faz o menor sentido. Assim, precisamos nos lembrar do que diz 1 Coríntios 2.14-15: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém”.

A besta de sete cabeças

Do mesmo modo, não faz sentido presumir que a besta sobre a qual lemos em Apocalipse 13 seja um animal desconhecido que tem sete cabeças e dez chifres. Se deixarmos essas fantasias entrarem na nossa mente, imaginando a figura de um monstro, teremos dificuldade em entender o significado espiritual realista dessa profecia.

Apocalipse 13 pode ser difícil de entender, mas isso não altera o que está escrito em 2 Timóteo 3.16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. Com essas palavras, temos a garantia da confiabilidade da Bíblia e recebemos instruções para estudar criteriosamente o conteúdo da Bíblia; neste caso, o livro de Apocalipse.

Toda a terra

Em particular, este capítulo se aplica à época em que vivemos por causa das palavras que identificam o globalismo: “toda a terra” (v. 3); “cada tribo, povo, língua e nação” (v. 7); “adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra” (v. 8); “a terra e os seus habitantes” (v. 12). Essas palavras apontam claramente o que está acontecendo em nossos dias. “Toda a terra” significa o mundo inteiro, e essa é a característica do globalismo.

É mais do que evidente que isso não poderia ter acontecido 100 ou 200 anos atrás. Naquela época, seria impossível para o mundo se unir, ser governado por um único líder ou ter um sistema econômico que monopolizasse o planeta Terra. Pensar em uma religião unificada que fizesse com que “todos os que habitam sobre a terra” adorassem a besta era algo completamente fora de cogitação.

A nova interdependência

Até há pouco tempo, as nações tinham independência. Cada uma delas precisava zelar pela segurança de suas fronteiras e estabelecer novas, na maioria das vezes pelo uso da força. Elas tinham que cuidar de sua economia, finanças e religião, independentes umas das outras. Mas, hoje em dia, isso já não acontece. Praticamente tudo se tornou uma questão global. Tudo o que acontece em outros países, afeta o nosso. A independência foi substituída pela interdependência. O motivo disso é bastante razoável. Por exemplo, para fazer voos para a Europa, os Estados Unidos tem que pedir permissão ao Canadá para cruzar seu espaço aéreo. Pense só em países interiores, como a Suíça. O que aconteceria se seus aviões não pudessem voar por cima dos outros países? A interdependência é um resultado natural do avanço tecnológico.

Comunicação

A comunicação entre as nações também era limitada. Os países falavam línguas diferentes. A tradução só estava ao alcance das classes superiores. Ninguém sabia realmente o que estava acontecendo no país vizinho. A única informação disponível era aquela fornecida por seus respectivos líderes.

Hoje em dia, podemos nos comunicar com o mundo todo a qualquer hora. Ondas de rádio, telefone, satélites e cabos interconectaram os continentes. Praticamente todas as pessoas podem se comunicar com qualquer um a qualquer hora.

Transporte

E o que dizer dos transportes? As possibilidades eram bastante limitadas antes de 1900. Os transportes terrestres dependiam da tração animal: cavalo, jumento, camelo, etc. Essa forma de viajar extremamente desconfortável provocava dores nas costas, era muito cansativa e expunha o viajante a grandes perigos. Até mesmo um rei não conseguia percorrer mais do que alguns quilômetros por dia. Além disso, não havia estradas pavimentadas que permitissem uma viagem com um mínimo de conforto. Fora dos vilarejos e cidades, não havia ruas pavimentadas nem rodovias de concreto. As viagens dependiam das condições meteorológicas. Ao tentar ir de um lugar ao outro, o viajante podia ficar retido por vários dias por causa da chuva, por exemplo. As pontes eram poucas. No calor do verão, deveria ser insuportável viajar por aquelas estradas quentes e poeirentas, através de densas florestas, sujeito a todo tipo de perigo a cada curva. Cruzar os oceanos era se arriscar num barquinho de madeira, dependendo dos ventos para se mover e esperando que eles soprassem na direção certa. Histórias sobre as antigas viagens marítimas ficaram registradas para nós no Livro dos Atos. Hoje, podemos praticamente dar a volta ao mundo em 24 horas. Um percurso de 50 km numa cidade não é nada incomum. Muitos fazem isso diariamente.

Portanto, quando lemos na Bíblia sobre uma sociedade política, econômica e religiosa global, compreendemos que só nos nossos dias é que essas coisas são possíveis. Estamos vivendo na época em que essas coisas podem se cumprir.

Espero que esta breve introdução prepare o palco para nosso estudo a respeito desse capítulo singular – Apocalipse 13 – e transmita ao nosso coração a mensagem de que esta é realmente a preparação para a última vitória de Satanás!

Autor: Arno Froese, copilado por Elimar G. Alves.

domingo, 20 de setembro de 2015

Será tarde demais para se arrepeder?


Eu tenho o prazer de lidar com um grande número de pessoas que duvidam da sua fé cristã. Não, eles não são céticos do cristianismo (embora eu também lide com muitos desses), eles são cristãos  que querem parar de duvidar. Eu digo “prazer” porque essas feridas, na maioria das vezes, podem ser curadas, e eu me sinto honrado de ter este papel na vida de muitos crentes feridos. Aprendo assim que ser “pastor” não é um oficio e sim um chamado, uma vocação um ministério dado pelo próprio Jesus a sua igreja Ef. 4:11.

Muitos destes cristãos sofrem com a agonia da incerteza, lutando para se manter acima da água. Eles duvidam da presença de Deus, do amor, da existência, e de sua salvação (entre outras coisas). Uma pessoa, no ano passado, escreveu-me a cada três dias, lutando com o mesmo problema. Ela acreditava que Deus a odiava e que não poderia ser restaurada. Ela se referiu a muitas passagens em apoio à sua ansiedade. Havia o “pecado para a morte” em 1 João 5.16. E, claro, se referiu à “blasfêmia contra o Espírito” em Mateus 12.31. Mas a que repetidamente serve como ilustração é encontrada em Hebreus 12.17:

Pois sabeis que, posteriormente, querendo herdar a benção, [Esaú] foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.

Esta é uma passagem verdadeiramente muito difícil, especialmente para aqueles que duvidam de sua fé e segurança no amor de Deus. Deixe-me tentar explicar de uma forma que venha, com esperança, consolar o coração partido espiritualmente.



Esaú foi impedido de se arrepender?

O arrependimento é o outro lado da fé. Quando vamos a Cristo, estamos arrependidos de muitas coisas, incluindo o nosso orgulho, que nos mantém longe de Deus desde o início. Estamos arrependidos de nosso antagonismo em relação a ele. Nosso arrependimento é ilustrado em nossos joelhos curvados. E então, confiamos que Deus nos perdoa. O assustador sobre esta passagem é que parece que Esaú está tentando voltar para Deus em arrependimento, mas ele não pode. Eu não acho que esse é o caso.

A questão é: O que Esaú estava buscando com lágrimas? O que é o “o”, de  Hebreus 12:17 (“com lágrimas, o tivesse buscado”)? Muitas pessoas acham que é o arrependimento. A ordem das palavras deixa outras possibilidades obscuras. Pelo valor nominal em muitas traduções, parece que é por arrependimento que Esaú está buscando. Observe as leituras nas seguintes traduções:

Almeida Revisada Imprensa Bíblica: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse diligentemente com lágrimas. 

Almeida Corrigida e Revisada Fiel: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscasse. 

Sociedade Bíblica Britânica: Pois sabeis que quando ele ainda depois desejava herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, embora o buscasse diligentemente com lágrimas. 

Cada uma destas traduções dá a impressão de que Esaú buscou basicamente por arrependimento. Se assim for, este é um motivo de grande preocupação, uma vez que ensina que talvez sejamos capazes de voltar para Deus com lágrimas, verdadeiramente procurando o arrependimento, mas não seremos capazes de encontrá-lo. Ela ensinaria que pode haver pessoas que realmente querem transformação a partir de seu pecado, mas não conseguem encontrar a misericórdia de Deus. Pode ensinar que você poderia se aproximar do trono de Deus pedindo o dom do arrependimento e ser desligado. Pode ensinar que há um momento nessa vida em que é tarde demais, não importa o quanto você deseja mudar. Isso é assustador.



Buscando arrependimento ou bênção?

No entanto, há outra, e eu acredito de maneira mais fiel de entender esta passagem. O pronome “o” não tem um, mas dois possíveis antecedentes. Quando estruturado na forma das traduções que citei, o jeito mais comum de ler é procurando a possibilidade mais próxima como o referente ao que Esaú procurou. E o mais próximo referente à “o” é realmente “arrependimento”. No entanto, a língua grega segue um conjunto de regras diferentes. A ordem das palavras é secundária à inflexão. A palavra “o” é um pronome feminino, o que significa que o substantivo que modifica será feminino também.

Neste verso há dois substantivos femininos no grego: “arrependimento” e “bênção”. Portanto, há duas opções viáveis aqui para o que Esaú buscou com lágrimas. Ou era arrependimento ou a bênção. Não é necessariamente preferível se basear em gramática e sintaxe, por isso temos de olhar para o contexto da história que o autor de Hebreus faz referência. Então, vamos olhar para a história de Esaú.



A perda da bênção de Esaú

Quando nos voltamos para a narrativa em Gênesis 27, vemos Esaú sendo enganado por Jacó e sua mãe, que lhe tiram sua benção. Após Esaú descobrir que tinha sido enganado e que Isaque abençoara a Jacó, ele se desesperou. Observe como a história continua:

Respondeu-lhe o pai: “Veio teu irmão astuciosamente e tomou a tua benção”. Disse Esaú: “Não é com razão que chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha.” Disse ainda: “Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?” Então, respondeu Isaque a Esaú: “Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?” Disse Esaú a seu pai: “Acaso, tens uma única bênção meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai.” E, levantando Esaú a voz, chorou.

Esaú, de fato, chorou e se arrependeu. Mas o que fez ele chorar? Foi a perda de sua bênção. O contexto em Gênesis é claro. Acredito que devemos ver a passagem de Hebreus pelo contexto do enredo original. O autor de Hebreus está dizendo que Esaú buscou a sua bênção, não arrependimento, com lágrimas.

Graça Radical

A Bíblia diz que  nunca existirá um dia antes da morte em que o arrependimento estará além do nosso alcance. Isso é o que continuei dizendo a pessoa  que falei anteriormente.

Mesmo o ladrão na cruz encontrou tal graça sendo humilde e demonstrando arrependimento em suas palavras a  Jesus dizendo: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

Esta é a maravilha do nosso Deus e do evangelho. O amor de Deus torna o arrependimento sempre aceitável, não importa onde você se encontra na vida. Se você buscar por arrependimento, você vai encontrar. A graça de Deus é radical e definitiva. Aproveite o momento e arrependa-te hoje! E lembre-se: arrependimento é diferente de remorso! Arrependimento gera mudança de atitude, gera conversão enquanto o remorso apenas uma dor momentânea e um desconforto pela convicção que praticastes alguma coisa contrária a caminho natural das coisas.

Lembre-se do texto que diz: “Aquele que arrepende e deixa, alcança misericórdia” Pv 28:13.

Termino dizendo para você leitor a respeito da importancia de se aproveitar a oportunidade e eficaz: “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça 1 Jo 1:9.

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Rev Elimar Gomes-Alves
Pastor, Escritor, Articulista, Economista e Administrador de Empresas, Teólogo, Conferencista, Professor de Teologia e servo.

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