Rev. Elimar e Pra Erica Gomes

sábado, 10 de março de 2012

Preparando-se para o Arrebatamento da Igreja


 Na história de Gideão, o arrebatamento não é mencionado de forma literal, mas existem diversas indicações que apontam em direção a ele e que podem nos ajudar a explicá-lo.Consideramos que a história de Gideão tem muito conteúdo profético e que ela nos mostra o futuro de Israel e o tempo da Grande Tribulação. Portanto, podemos usá-la para analisar a volta de Jesus para Sua Igreja. Pois as histórias de Deus com Israel e com a Igreja se entrelaçam, ou seja, se sobrepõem: quando chegou a hora do nascimento da Igreja de Jesus, no dia do Pentecoste, Deus como que deixou Israel de lado, e, desde a fundação do Estado de Israel, no dia 14 de maio de 1948, o Senhor voltou a agir com, em e através de Israel, o que nos mostra que a retirada da Igreja de Jesus da terra está próxima.

Os sinais do arrebatamento
Nos três capítulos sobre Gideão e os midianitas (Jz 6-8) fala-se repetidamente da trombeta com que o povo foi chamado a se reunir em torno de Gideão. Em todos os acontecimentos dessa batalha que viria, a trombeta foi um elemento chave, sendo citada sete vezes, pela primeira vez em Juízes 6.33-34:
– "E todos os midianitas e amalequitas, e povos do oriente se ajuntaram, e passaram, e se acamparam no vale de Jezreel. Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele."
Esse é também o sentido por ocasião do arrebatamento: quando soar a trombeta, a Igreja será reunida, revestida com o Espírito Santo e arrebatada ao encontro do Senhor Jesus. Está escrito:
– "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.16-18).
– "Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Co 15.51-52).
A respeito desse encontro com o Senhor, Ele disse: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (Jo 14.1-3). No arrebatamento acontecerá, portanto, a reunião em torno do Senhor, e um sinal ou elemento deflagrador será o som da trombeta: "Porquanto o Senhor mesmo... ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus..."

O que acontecerá com os crentes por ocasião do arrebatamento?
Então se dará um grande milagre: seremos libertados da nossa carne, ou seja, do nosso corpo terreno. A respeito, leiamos mais uma vez 1 Coríntios 15.52-53, onde essa transformação é descrita da seguinte maneira: "...num momento, num abrir e fechar dolhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade." Somente então, depois do arrebatamento, estaremos – através da transformação – livres do pecado. Então não será mais possível pecar, mas em nós resplandecerá exclusivamente a clara luz da obra de Jesus Cristo e todos nos amaremos uns aos outros. Não será maravilhoso estar finalmente liberto da carne pecaminosa? Pois, quantas vezes já choramos por causa do pecado que em nós habita; quanto trabalho já nos deu nossa carne pecaminosa, a nós que queremos andar no Espírito. Também Paulo chorou por isso e testemunha em Romanos 7.18a: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum..." Ele continua escrevendo: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros" (vv. 22-23). Enquanto vivermos, o espírito e a carne estarão em constante confronto. Por isso, é tão importante ficar cheio do Espírito (Ef 5.18b), andar no Espírito e deixar que o Espírito nos governe.
Nossa carne é receptiva para o pecado, e também para a enfermidade e a morte. Isso acabará no momento do arrebatamento, quando formos transformados e recebermos um corpo espiritual, quando o mortal se revestir da imortalidade. E essa transformação por ocasião do arrebatamento, ao soar da trombeta, nos é mostrado alegoricamente no caso de Gideão. Lemos em Juízes 7.16,19-20: "Então repartiu os trezentos homens em três companhias, e deu-lhes a cada um nas suas mãos trombetas, e cântaros vazios, com tochas neles... Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!"
O que aconteceu ali? Os homens mantinham a luz das tochas escondidas dentro dos cântaros. Mas, exatamente no momento em que começaram a ser tocadas as trombetas, os cântaros foram quebrados e a clara luz das tochas iluminou tudo. Isso é uma alegoria da transformação por ocasião do arrebatamento. A clara luz de Cristo normalmente ainda está escondida em nosso corpo, pois somos como cântaros (vasos) que carregam em seu interior a clara luz do Evangelho. O Senhor Jesus é a luz do mundo, e disse àqueles que O aceitaram: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14a). Por enquanto essa luz ainda é escondida, como dissemos, em maior ou menor grau, pelo vaso da nossa carne. Mas, no momento em que a trombeta de Deus for tocada para o arrebatamento, nosso corpo será transformado (como os cântaros que foram quebrados naquele tempo), e seremos arrebatados ao encontro do Senhor Jesus, para estarmos com Ele para sempre. Então, tudo será somente luz. Tudo resplandecerá em Sua glória. Não haverá mais pecado, porque o vaso da nossa carne não estará mais presente. Em 1 Coríntios 15.50 está escrito que "carne e sangue não podem herdar o reino de Deus". Por isso, seremos transformados, pois o cântaro do nosso corpo tem que ser quebrado. Somente por ocasião da transformação e do arrebatamento se tornará visível o que a Bíblia diz em Mateus 13.43a: "Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai."
Assim, podemos imaginar quão ansiosamente os crentes da Bíblia esperavam deixar a carne para estar para sempre com o Senhor. Paulo, por exemplo, expressou da seguinte maneira esse seu anseio: "Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne" (Fp 1.23-24).

Quando acontecerá o arrebatamento?
Antes do juízo, isto é, antes da Grande Tribulação. Poderíamos fazer um estudo bíblico especificamente sobre o assunto, mas vamos nos limitar a alguns versículos. Lemos em 1 Tessalonicenses 1.10: "...e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura." De que ira se trata aqui? Da ira de Deus que começará com a Grande Tribulação, pois ela será o juízo de Deus sobre o mundo de incredulidade e maldade. É o que lemos em Apocalipse 6.15-17: "Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?" A Igreja de Jesus será preservada dessa ira do Senhor, que terá seu início no tempo da Grande Tribulação. Pois, como filhos de Deus, já estivemos sob a ira de Deus e Seu juízo: isso aconteceu na cruz do Calvário, onde o Senhor Jesus tomou vicariamente sobre si nosso juízo e a ira de Deus. Por isso, todo homem que pertence a Jesus está justificado diante de Deus e não passará pela Grande Tribulação, nem pelo Juízo Final. Está dito em 1 Tessalonicenses 5.9-10: "...porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele."
Que o arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação também é mostrado, segundo o meu entendimento, na história de Gideão. Lemos em Juízes 7.19-20: "Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!" A respeito, façamos duas perguntas:

1. Quando foram tocadas as trombetas e quebrados os cântaros (uma figura da transformação e do arrebatamento)?
A resposta é: "...ao princípio da vigília média..." Esse é o tempo em torno da meia-noite. Em Mateus 25.6 está escrito: "Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí ao seu encontro." Sabemos que, em nossos dias, nos aproximamos dessa hora da meia-noite. Os sinais dos tempos e Israel apontam para isso claramente. Trata-se também do tempo em que o mundo das nações está colocando "guardas" contra Israel, como os midianitas o fizeram naquela época (Jz 7.19). Isso levará, no final das contas, à batalha dos povos em Armagedom.
Atualmente, Israel está perdendo cada vez mais sustentação. A conquista de Jerusalém e a destruição de Israel continua fazendo parte do plano dos inimigos do povo de Deus. Mas antes do começo desse último período anticristão será ouvida a trombeta de Deus e a Igreja de Jesus será arrebatada. Com relação ao "homem da iniqüidade" (2 Ts 2.3), Dave Hunt escreve:
Neste exato momento, é quase certo que o anticristo já esteja vivendo em algum lugar do planeta Terra – aguardando seu tempo, esperando sua deixa. Sensacionalismo banal? Longe disso! Essa suposição é baseada em uma sóbria avaliação dos eventos atuais relacionados com a profecia bíblica. Como homem maduro, provavelmente ele já seja ativo na política, sendo possivelmente até mesmo um admirado líder mundial cujo nome está diariamente na boca de todos.
Ou pensemos, por exemplo, em relatos que advertem a respeito de cometas ou meteoros que poderiam atingir a Terra. Quando os últimos fragmentos do cometa "Shoemaker Levy 9" caíram sobre o gigantesco planeta Júpiter em julho de 1994 e deixaram marcas de destruição, o fato foi logo esquecido. Mas, praticamente não houve pausa para descanso. Pouco depois lia-se nos jornais:
Em agosto, o astrônomo amador Donald E. Machholz descobriu um novo cometa fragmentado em cinco partes... que poderiam se chocar contra a Terra, pois sua órbita cruza a do nosso planeta. Se algum fragmento do cometa caísse sobre a Terra, poderia ter conseqüências fatais...
O que quer que aconteça, devemos lembrar que o Senhor Jesus falou de estrelas que cairiam e de outros sinais que indicariam a iminência da Sua volta: "...as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mt 24.29-30).

2. Quando entrou em ação a espada do Senhor (Jz 7.20)?
Somente depois de tocadas as trombetas e quebrados os cântaros (uma figura do arrebatamento), quando a clara luz das tochas iluminou o acampamento dos inimigos, os israelitas gritaram: "Espada pelo Senhor e por Gideão!" A "espada pelo Senhor", porém, aponta profeticamente para o "dia do Senhor", ou seja, para o tempo da Grande Tribulação, na qual o Senhor vai julgar o mundo porque então todas as nações terão se ajuntado contra Seu amado povo Israel. Lemos a respeito em Jeremias 25.29b: "...porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos Exércitos." E, como os midianitas fugiram apavorados e em pânico diante da "espada pelo Senhor e por Gideão" e começaram a se matar reciprocamente (comp. Jz 7.21-22), também durante a Grande Tribulação as pessoas tentarão escapar do juízo da ira de Deus (Ap 6.15-17). Antes, porém, a Igreja de Jesus será arrebatada e transformada.

O caminho para o arrebatamento

Ficar cheio do Espírito Santo
Desse caminho que leva ao arrebatamento faz parte o ficarmos cheios do Espírito Santo, pois seremos arrebatados pelo poder do Espírito. Isso também é mostrado figuradamente na história de Gideão, como lemos em Juízes 6.34: "Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele."
Essa é uma maravilhosa definição do arrebatamento, pois então a Igreja será como que revestida pelo Espírito Santo, envolta por Ele e levada ao céu. Não é em vão que está escrito em Efésios 4.30: "E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção." A que redenção isso se refere – pois os filhos de Deus já são redimidos? Aqui se trata da redenção da nossa carne, através da transformação por ocasião do arrebatamento! Para isso fomos selados com o Espírito Santo, com o qual seremos revestidos, ou seja, que nos envolverá quando formos tirados da terra. Por termos essa esperança do arrebatamento, deveríamos prestar muita atenção para não entristecer o Espírito Santo através de um modo de viver carnal, razão por que está escrito no versículo seguinte:"Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia" (Ef 4.31). É preciso honrar o Senhor através do andar em Espírito: "Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (v. 32).

Lançar fora toda carga desnecessária
A caminho do arrebatamento, é importante que lancemos fora e deixemos para trás toda carga desnecessária. Vemos isso no então ainda grande exército de Israel, antes de mais uma seleção, do tocar das trombetas e do quebrar do cântaros. A ordem do Senhor a Gideão foi: "Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte, e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram" (Jz 7.3). A Edição Revista e Corrigida diz: "...quem for cobarde e medroso..."
Dentre as coisas que devemos lançar fora a caminho do arrebatamento estão, necessariamente, a timidez (covardia) e o medo. Pois muitos cristãos têm literalmente medo do arrebatamento porque acham que não poderão subsistir diante do Senhor. Eles têm medo daquilo que os espera; por exemplo, o julgamento do galardão. Muitos ficam tão desanimados, que não gostariam de ouvir nada mais sobre a volta de Jesus. Isso, entretanto, não está de acordo com o que o Senhor quer e com o que a Bíblia ensina. Pois, justamente com relação ao arrebatamento está dito que ele deve servir como consolo: "Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.18).
Por isso é tão importante que lancemos fora a covardia e o medo da volta de Jesus para o arrebatamento, para podermos ir ao Seu encontro com liberdade e alegria! Em 1 João 4.17-18 está escrito: "Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor." Àqueles que esperam pelo arrebatamento com alegria e amam a volta do Senhor é prometida uma coroa especial (2 Tm 4.8). Se, entretanto, somos dominados pelo medo, nem podemos amar a vinda do Senhor, pois o medo pensa no castigo.
Diga-me, você também sente medo? Então, pela fé, lance fora agora o medo – e confie no Senhor, crendo que Ele alcançará Seu alvo para com você, apesar da sua fraqueza. Não se preocupe só consigo mesmo e com todas as suas deficiências, mas olhe para o Autor e Consumador da sua fé! A respeito dEle está escrito: "Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação..." (Jd 24). Conforme Efésios 5.27, Ele também apresentará você "sem mácula, nem ruga nem cousa semelhante, porém santo e sem defeito" diante dEle. Devemos recordar também o que diz Hebreus 10.19: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez (a Ed. Rev. e Corrigida diz: "ousadia") para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus." Isso vale não somente para a oração que é ouvida no presente, mas também para o arrebatamento, permitindo que possamos entrar na santa e gloriosa presença de Deus com alegria. Não através de nossos próprios esforços, mas por meio do precioso sangue do Senhor e do Seu perdão encontramos ousadia para entrar no Santo dos Santos. Por isso, deixe o medo para trás! Aproprie-se na fé da promessa de 1 Pedro 1.5!

Manter-se próximo à água
A caminho do arrebatamento, temos que nos manter próximos à água, ou seja, da "lavagem de água pela palavra" (Ef 5.26). No tempo de Gideão, o que restou do exército foi provado por Deus junto à água. A ordem do Senhor a Gideão foi: "Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele, de quem eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá" (Jz 7.4).
A nós, da Nova Aliança, a Bíblia diz em Efésios 5.26 que fomos purificados "por meio da lavagem de água pela palavra." Se realmente quisermos nos deixar preparar para o ressoar da trombeta por ocasião do arrebatamento, é importante ter muita comunhão com Jesus Cristo, ouvindo a Palavra de Deus em cultos, reuniões nos lares e encontros de oração, mas também lendo muito a Bíblia e obedecendo ao que ela nos diz. Isso produzirá purificação mais profunda em nosso interior, santificação e preparação, mesmo que nada sintamos a respeito. Acontece então o mesmo que com uma mãe na cozinha segurando um escorredor de massas com batatas, debaixo da torneira, deixando a água correr sobre elas. Sua filhinha lhe pergunta: "Mãe, o que você está fazendo? A água está indo toda embora". "Venha cá e olhe. Se bem que a água tenha ido toda embora, as batatas ficaram limpas." O mesmo se dá conosco: quando ouvimos ou lemos a Palavra de Deus, não conseguimos lembrar tudo. Há mesmo épocas em que ela parece não nos dizer nada. Entretanto, há sempre um efeito purificador, pois trata-se da "lavagem de água pela palavra". Por isso está escrito:"Habite ricamente em vós a palavra de Cristo..." (Cl 3.16). Palavras humanas passam, mas a Palavra de Deus permanece! Lembremos, portanto, o que a Bíblia nos diz em 1 Pedro 1.23-25: "...pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada." No arrebatamento, deixaremos para trás tudo que é do presente, mas levaremos a Palavra de Deus junto para a Eternidade! E porque a Palavra de Deus é tão importante com relação à nossa preparação para a retirada da Igreja, o apóstolo Paulo diz em suas palavras introdutórias sobre o arrebatamento: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem" (1 Ts 4.15). Por isso, ocupe-se o máximo possível com a Palavra de Deus, que não deixa de fazer efeito.

Viver com o objetivo em mente
A caminho do arrebatamento, é preciso viver voltado completamente para o Senhor, Seu objetivo e Sua volta. É o que nos mostra a última prova a que foram submetidos os homens de Gideão. Lemos em Juízes 7.5-6: "Fez Gideão descer os homens às águas. Então o Senhor lhe disse: Todo que lamber as águas com a língua, como faz o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas." Esses trezentos homens estavam tão determinados a alcançar o objetivo, a executar o encargo dado pelo Senhor, que não se demoraram em se abaixar de joelhos para beber, mas ajuntaram rapidamente a água com a mão levando-a à boca. Aí imaginamos o que Pedro quis dizer ao falar sobre o dia da volta de Jesus, advertindo a Igreja: "...esperando e apressando a vinda do dia de Deus" (2 Pe 3.12a). Temos tal inclinação interior diante do Senhor Jesus e da Sua volta? É Sua vontade expressa que vivamos voltados para o objetivo, pois Ele disse em Lucas 12.35-36: "Cingidos estejam os vossos corpos e acesas as vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram."
Mas como facilmente ficamos ocupados com coisas terrenas e nos deixamos deter por elas! Será que são os alvos pessoais, a conta bancária, a indiferença ou um pecado de estimação, diante dos quais você se inclina repetidamente e que roubam a sua disposição interior de entrega completa ao Senhor? Nos dias de Gideão também havia muitos que tinham seus olhos voltados temerosamente para as coisas do seu tempo, ao invés de olharem para o Senhor e Sua tarefa. Muitos deles se ajoelharam prazerosamente junto à água para descansar. É assustador que – apesar de todos os 10.000 pretenderem ir junto – no final das contas eles não o puderam, porque tinham dobrado seus joelhos diante das coisas do presente. No seu caso, esse foi o sinal exterior de que eles não estavam preparados interiormente. Nós também gostamos de fazer pausas espirituais, de interromper as atividades, e muitas vezes buscamos todas as coisas possíveis, exceto o Senhor exclusivamente. Como, entretanto, o Senhor conhece nossa estrutura, Ele continuamente nos exorta: "Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas cousas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas" (Mt 6.31-33).
Se, ao final, observarmos mais uma vez o comportamento daqueles 300 homens que beberam rapidamente a água necessária junto ao rio para não perderem nenhum tempo na realização da tarefa do Senhor, quão importante se torna, nessa linha de pensamento, o que diz 1 Coríntios 9.25a: "E todo aquele que luta de tudo se abstém" (Ed. Rev. e Corrigida). Esses 300 homens não eram mais inteligentes nem melhores, nem mais fortes ou corajosos do que os outros – mas estavam no seu interior completamente livres e dispostos a servir ao Senhor. Com ardente zelo, eles tinham em mente exclusivamente o objetivo de Deus. Eles não tinham mais nenhuma espécie de outros alvos, mas seu coração era voltado inteiramente para a causa de Deus.
Você está disposto a lançar fora e deixar de lado tudo aquilo que o atrapalha no caminho ao encontro do Senhor? Tendo em vista a breve e repentina retirada da Igreja de Jesus, você realmente está disposto a tomar essa decisão, como Gideão e seus homens o fizeram? Lemos em Juízes 7.8a:"Tomou o povo provisões nas mãos, e as trombetas. Gideão enviou todos os homens de Israel cada um à sua tenda, porém os trezentos homens reteve consigo." A caminho do arrebatamento, leve somente as "provisões", a Palavra de Deus, e a "trombeta", a prontidão para o arrebatamento; leve em conta que a trombeta será tocada em breve.
Se o Senhor perguntasse a você neste momento: "Você quer fazer parte dos covardes e medrosos?", você certamente responderia com um definitivo "Não!" Então, aja de acordo e lance fora o medo em nome de Jesus! E, se Ele continuasse perguntando a você: "Olhe, sobraram 10.000: você quer pertencer àqueles que se ocupam em primeiro lugar com as coisas terrenas, ou prefere estar entre os 300 que levaram consigo somente as "provisões" necessárias e a "trombeta"?" – qual seria a sua resposta? Oh! que você responda agora com coração sincero: "Senhor, também quero fazer parte desses 300. Quero estar preparado para quando vieres!" Amém.

Por Norbert Lieth


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quinta-feira, 8 de março de 2012

A Verdade Sobre a Tribulação


A Grande Tribulação de 7 anos
Quase todo mundo já passou por tempos turbulentos e traumáticos, durante os quais experimentou muita incerteza ou talvez até grande dor e tristeza. Estes tempos geralmente são períodos de crise individual, familiar ou mesmo nacional, em que todo recurso pessoal, físico e emocional é utilizado para superar os problemas. Angústia, tristeza, perseguição, tragédia, catástrofe, fome, guerra e incertezas são dinâmicas muito reais no dia-a-dia e nas notícias. Mas, segundo a Bíblia, haverá um tempo futuro de angústia ainda maior conhecido como "Tribulação". Essa era virá depois do Arrebatamento da Igreja e será o pior período de sofrimento que o mundo já experimentou. Ela será o maior "choque do futuro".


Os especuladores econômicos de Wall Street geralmente são divididos em otimistas e pessimistas (chamados de "touros" e "ursos"), conforme sua "interpretação" dos indicadores e das tendências econômicas. Da mesma forma, intérpretes da Bíblia podem ler suas passagens proféticas e entender grande parte do plano de Deus para o futuro. A diferença é que, através do estudo da profecia com cuidado e oração, a maior parte da especulação pode ser eliminada. Ao contrário dos mercados futuros, o plano de Deus é claro e certo. Acreditar no Arrebatamento implica que os crentes devem ser pessimistas e apáticos? Evidentemente que não! Devemos ser realistas e vigilantes. Somos realistas com relação ao futuro e esperamos a vinda do Senhor Jesus Cristo para Sua Igreja. Mas também reconhecemos que depois do Arrebatamento haverá um tempo de intensa Tribulação mundial.

A Bíblia fala mais sobre esses sete anos do que sobre qualquer outro período de tempo profético. Durante esses sete anos, o Anticristo surgirá, haverá perseguição aos novos crentes e ao povo judeu, e a grande batalha de Armagedom e a Segunda Vinda de Cristo acontecerão.
 
O Novo Testamento nos ensina que a atual era da Igreja também incluirá provações e tribulações. Jesus disse: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33). O apóstolo Paulo advertiu: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2 Timóteo 3.12). Mas a perseguição do mundo contra a Igreja nesta era não é a ira de Deus. A tribulação futura será um tempo de castigo de Deus sobre o mundo que rejeitou a Cristo - um tempo do qual a Igreja será livrada como o nosso Senhor prometeu (Apocalipse 3.10; 1 Tessalonicenses 1.10; 5.9).

Os crentes podem viver diariamente com a certeza de que a história humana terminará com Jesus Cristo como o Vencedor. O futuro é certo. Mas Jesus disse aos Seus discípulos que antes da vitória final "haverá Grande Tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais" (Mateus 24.21). Na sua intensidade e agonia, essa época será infeliz e indesejável. Mas foi previsto que ela vai acontecer e está descrito como ela será. A Bíblia diz que ela será trágica, mas real. [...]

Qual a relação entre "o tempo da ira de Deus" e a Tribulação?

Já que a Bíblia usa muitos termos para descrever uma variedade de atividades associadas ao julgamento de Deus durante a Tribulação, e já que "Tribulação" e "ira de Deus" às vezes são usadas para referir-se ao mesmo período de tempo (i.e., a Tribulação de sete anos), conclui-se que o tempo da ira de Deus acontece durante a Tribulação.

A base bíblica para essa conclusão pode ser oferecida da seguinte maneira: Deuteronômio 4.30 descreve esse período do fim dos tempos como tempo de tribulação. Sofonias 1.15 chama o mesmo dia "de alvoroço e desolação" (i.e., tribulação) e de "dia da ira". Os autores do Novo Testamento tomam esse termo do Antigo Testamento e usam-no como característica geral do que denominamos de período de sete anos da Tribulação, já que é um tempo em que a ira acumulada de Deus é liberada sobre a história humana e traz retribuição a um mundo que rejeitou a Cristo, mundo que será motivado por Satanás a perseguir crentes e judeus (Romanos 2.5; 5.9; Colossenses 3.6; Apocalipse 14.10, 19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).

Por exemplo, Romanos 2.5 diz: "Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus".

Portanto, vemos que a Bíblia diz que o que acontece com a humanidade na Tribulação será motivado pela ira de Deus, que está se acumulando durante a atual era da graça. [...]

Qual a relação entre "o tempo de angústia para Jacó" e a Tribulação?
A frase "tempo de angústia para Jacó" vem da profecia encontrada em Jeremias 30.5-7: "Assim diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor e de temor e não de paz. Perguntai, pois, e vede, se acaso, um homem tem dores de parto. Por que vejo, pois, a cada homem com as mãos na cintura, como a que está dando à luz? E por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! Que é grande aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela".

Nessa passagem o profeta Jeremias fala de um tempo ainda futuro quando grande angústia ou tribulação virá sobre todo o Israel, que é simbolicamente denominado de "Jacó". Esse tempo é a Tribulação futura, ou um evento passado? É melhor interpretar esse tempo de angústia como algo que ainda é futuro para Israel - um tempo conhecido como a septuagésima semana de Daniel ou a Tribulação. O expositor bíblico e estudioso de profecia Dr. Charles H. Dyer escreve sobre essa passagem e seu significado:

A que "tempo de angústia" Jeremias está se referindo? Alguns acham que ele está indicando a derrota de Judá pela Babilônia ou a derrota posterior da Babilônia pela Medo-Pérsia. Mas, em ambos esses períodos o Reino do Norte, Israel, não foi afetado. Ele já tinha sido levado ao cativeiro (em 722 a.C.). Uma solução melhor é que Jeremias está referindo-se a um período de tribulação futuro quando o remanescente de Israel e Judá sofrerá uma perseguição incomparável (Daniel 9.27; 12.1; Mateus 24.15-22). O período terminará quando Cristo aparecer para resgatar os Seus eleitos (Romanos 11.26) e estabelecer Seu reino (Mateus 24.30-31; 25.31-46; Apocalipse 19.11-21; 20.4-6).[1]

Portanto, o tempo de angústia para Jacó enfatiza o aspecto da Tribulação futura que expressa a dificuldade pela qual os judeus ou descendentes de Jacó passarão durante esse período. [...]

Por que a Tribulação é Importante?

A Tribulação é importante para os crentes hoje por várias razões. Em primeiro lugar, o estudo da Palavra de Deus é sempre importante, e deve ser feito com cuidado. Independentemente do tipo de passagens estudadas, sejam sobre aliança ou cronologia, poesia, parábola, ou profecia, todas devem ser estudadas e aplicadas diligentemente. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra" (2 Timóteo 3.16-17). A Tribulação é importante porque é ensinada na Bíblia.

Em segundo lugar, a Tribulação é importante porque, de certa forma, Satanás é desmascarado e vemos suas verdadeiras intenções e motivações. Essa compreensão do seu plano, se aplicada corretamente, pode ajudar o crente hoje na batalha espiritual.

Por exemplo, vemos que durante a Tribulação, Satanás usa a religião como um caminho falso e enganador. Isso é uma advertência para nós hoje.

Em terceiro lugar, a Tribulação é importante para nós porque grande parte do que vemos hoje e vimos no passado é uma preparação para o que virá. Por exemplo, o impulso atual para a globalização não pode surpreender aqueles que estão cientes do que a Bíblia ensina sobre o futuro. Porque nosso Deus Soberano ordenou anteriormente esses eventos, devemos nos confortar com o fato de que Ele está no controle. Esse tempo futuro de intensa maldade é a manifestação máxima da natureza pecaminosa da humanidade conjugada ao plano rebelde de Satanás. Mas ambos serão levados a julgamento por parte de um Deus justo e onipotente.

Conclusão

A história humana está cheia de tragédias e desespero pessoal, nacional e internacional. Em cada século, em cada império e em cada era houve manifestações do pecado original, da queda e da atividade satânica. As passagens da profecia bíblica (e outras passagens da Bíblia) ensinam claramente que o futuro trará um período específico de trauma e de tragédia extremos, durante o qual o terror e a tribulação serão intensos e internacionais. Essa era durará sete anos e, depois da batalha de Armagedom, culminará na Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo para estabelecer Seu reino milenar na terra. Nós acreditamos que essa era de Tribulação, cheia de destruição e perseguição, acontecerá depois do Arrebatamento da Igreja. Isto, porém, não isenta os crentes de hoje das suas responsabilidade diárias, do evangelismo, do discipulado e da vida santificada. A tribulação é certa, mas a vitória também é. Com relação à Tribulação, não devemos nos preocupar em como será a vida naqueles dias, mas sim, em como está a nossa vida hoje em dia. "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Efésios 5.15-16).
 

Notas:

1. Charles H. Dyer, "Jeremiah" in The Bible Knowledge Commentary: Old Testament, eds. John F. Walvoord e Roy B. Zuck (Wheaton, IL: Victor Books, 1984), p. 1168.
Extraído do livro A Verdade Sobre a Tribulação, que revela os eventos e explora o significado da Grande Tribulação vindoura.

Um dos assuntos mais polêmicos na profecia é o período da Tribulação. Qual o propósito de Deus para esse tempo de julgamento? Este cuidadoso e fascinante livro elimina muita especulação e dá respostas concretas a perguntas básicas sobre a Tribulação.

|  Autor: Thomas Ice e Timothy Demy 


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Tem um maravilhoso fim de semana,

Em Cristo

Rev. Elimar Gomes

quarta-feira, 7 de março de 2012

PSC MULHER Convida


Você mulher é a nossa convidada Especial.

Em Cristo.

Pra. Erica Gomes

terça-feira, 6 de março de 2012

A Marca da Besta: Educação do Futuro III

Esta é a parte final deste artigo de Julio Severo...

ALTERNATIVA DIVINA
Contudo, a Palavra de Deus revela que Deus também tem um interesse profundo e especial na questão da educação das crianças de famílias cristãs. A orientação de Deus é que os pais têm a responsabilidade de dar para a criança uma educação completa no lar, onde ela poderá aprender muito mais do que só ler, escrever e fazer contas. Deus diz:
"Portanto, amem o Eterno, o nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não esquecerem delas; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões". (Deuteronômio 6:5-9 BLH)
Em Deuteronômio, amarrar as leis e os ensinos nos braços e na testa é um sinal e símbolo usado para descrever a educação total que as crianças recebem em casa, sob a direção do pai e da mãe. Quem escreveu esse texto foi Moisés e ele sabia muito bem o que era ser marcado pela educação, pois ele mesmo havia recebido tal marca. A questão da educação é tão vitalmente importante que Deus, através de Moisés, repete para as famílias a mesma orientação:
"Lembrem-se desses mandamentos e os guardem no seu coração. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para que não esqueçam delas, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem, e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões. Assim vocês e os seus descendentes viverão muitos anos na terra que o Deus Eterno jurou dar aos nossos antepassados. Enquanto o mundo existir, vocês viverão naquela terra". (Deuteronômio 11:18-21 BLH)

Outra versão é ainda mais clara:
"Coloquem essas palavras em seus corações. Implantem-nas profundamente em vocês. Amarrem-nas nas mãos e testa como lembretes. Ensinem essas palavras para seus filhos. Conversem sobre elas onde quer que vocês estejam, sentados me casa ou andando na rua; conversem sobre elas desde o momento em que se levantarem de manhã até o momento em que vocês forem dormir a noite". (Deuteronômio 11:18-19 MSG)
Essa passagem deixa claro que as crianças e o ambiente do lar em que a família vive devem ser profundamente marcados pela educação. Evidentemente, o centro dessa educação são os mandamentos de Deus. Sem esses mandamentos, toda educação, dentro ou fora do lar, é inútil.
Os pais foram colocados na posição de professores naturais de seus filhos, com a oportunidade e responsabilidade de ensinar espontaneamente do começo ao fim do dia, onde quer que estejam. Assim, enquanto as crianças estão em sua fase vulnerável, sua companhia educacional mais importante e próxima deve ser os próprios pais e seus valores. É desejo de Deus que as crianças fiquem totalmente expostas o dia inteiro, todos os dias e em todos os lugares ao exemplo e influência educacional dos pais, a fim de lhes marcar completamente as atitudes e pensamentos.

EDUCAÇÃO DE DEUS X EDUCAÇÃO DA BESTA
Quando Deus usou Moisés para orientar os pais a educar os filhos no lar, já existia um "excelente" sistema educacional fora do ambiente familiar. Hoje esse sistema ocupa uma posição de controle e respeito social tão grande que ninguém acredita que no lar a criança possa receber um mínimo de educação adequada. A idéia geral é que "ninguém consegue viver decentemente sem passar por uma escola institucional". Assim, a educação das escolas ocupa um pedestal de divindade social que ninguém ousa questionar.
Embora não freqüentassem escolas públicas, as crianças das famílias de Deus na Bíblia recebiam uma educação excelente, principalmente nos mandamentos de Deus. Os professores não eram pessoas estranhas, mas o pai e a mãe. A escola era o próprio lar.
Naquela época não havia lápis, caneta, borracha, caderno, livros, etc. Hoje, com todos os recursos de que dispomos, os pais acham que, diante dos professores de escolas públicas, são incapacitados e inferiores para educar os filhos. Contudo, possuindo somente a Palavra de Deus e seguindo a orientação de Deuteronômio 11:18-21, os pais e as mães da Bíblia conseguiram educar e treinar filhos para o Senhor. Se era possível dar aulas em casa naquele tempo, por que não agora? Hoje há menos impedimentos para se dar aulas escolares em casa. Há computadores, vídeos e muitos outros meios que facilitam grandemente a instrução da criança. Portanto, do ponto de vista tecnológico, não há barreiras para que a educação da criança seja dada no próprio lar. A única barreira é o governo, que teme perder a oportunidade de marcar a criança com suas ideologias. Do ponto de vista e chamado de Deus, os pais e as mães têm a responsabilidade, com ou sem barreiras, de assumir a educação total de seus filhos.
A educação no lar não é impossível. Jesus mesmo disse: "O que é impossível para os homens é possível para Deus". (Lucas 18:27 NVI) Eu e minha esposa educamos nossos filhos por esse método, sacrificando tudo para que Deus e seus projetos sejam prioridade absoluta na vida deles. Comprovamos por experiência própria que um menino aprende a escrever e ler melhor e mais rápido sob a instrução direta dos pais. Mas não estamos, de forma alguma, sozinhos. Há muitas famílias evangélicas no Brasil ensinando os filhos em casa, mesmo sem nenhum apoio e aceitação do governo. Nos EUA, o número de crianças evangélicas na educação escolar em casa - movimento conhecido lá como homeschooling - já chega a 2 milhões e não pára de crescer. Contudo, mesmo que estivéssemos sozinhos, não valeria a pena? Afinal, Deus é fiel e ele sempre honra os que o honram acima de tudo.
O alvo da educação pública é formar a mentalidade de um menino e menina de acordo com os valores aprovados pelo governo e transmitir para eles tudo o que esses valores consideram como importante. O alvo de Deus, quando ele orienta os pais a educar em casa, é transmitir para a criança tudo o que a Palavra de Deus vê como importante. Naturalmente, o governo não tem disposição de permitir que Deus e sua Palavra ocupem o centro da educação na vida das crianças. Aliás, o sistema social e político de hoje quer que acreditemos que é possível educar a criança sem misturar "religião", embora nas escolas públicas haja crescente espaço para a expressão das religiões afro-brasileiras sob a máscara da valorização da cultura negra. A educação completa que o governo exige para as crianças é obrigatória e não inclui a Palavra de Deus no centro de tudo, não muito diferente da educação revelada em Apocalipse:
"[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome". (Apocalipse 13:16-17 NVI)
Enquanto em Apocalipse se menciona o "marca na mão direita ou na testa", Deuteronômio menciona amarrar as leis de Deus "nos braços e na testa". Esse simbolismo bíblico se refere a uma educação completa e marcante na mente e nas atitudes das crianças, mas com uma diferença: Deuteronômio apresenta o plano de Deus para formar os filhos no lar, porém a futura formação da humanidade que Apocalipse revela ocorrerá fora da influência e controle da família e seus valores. Sua ligação mais importante será os valores da Besta, e a maneira mais eficaz de transmitir esses valores é aproveitando as oportunidades em que as crianças estão longe da supervisão direta dos pais.
. Qual é o lugar em que um menino e menina passam mais horas, diariamente, fora dos olhares e proteção moral da família?
. Qual é o lugar que eles, em seus anos vulneráveis, passam mais tempo distantes da esfera de influência dos pais?
. Qual é o lugar em que eles ficam, durante anos, mais próximos do governo e seus valores?
Resposta: O ambiente da escola institucional. Apocalipse mostra que, através da educação, os valores escolhidos pela Besta serão implantados em todas as crianças e adolescentes: religiosos e ateus, pobres e ricos, pretos e brancos, empregados e patrões, etc. Um desses valores, por exemplo, é a tolerância, respeito e aceitação como normal de comportamentos como o homossexualismo. Essa educação será, na opinião dos maiores educadores futuros, completa porque o ser humano e sua vontade estarão no centro de tudo.
No entanto, de que adiantará para a humanidade alcançar níveis elevados em sua "qualidade" de educação, sem a Palavra de Deus? "Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?" (Mateus 16:26 NVI) Noah Webster, autor do famoso Dicionário Webster, declarou: "A educação é inútil sem a Bíblia". Uma educação sem a Bíblia valeria o sacrifício da alma de nossos filhos? Martinho Lutero declarou: "Temo que as escolas acabem mostrando no final que são as grandes portas do inferno, a não ser que elas se dediquem diligentemente ao trabalho de explicar as Escrituras Sagradas, gravando-as no coração dos jovens. Não aconselho ninguém a colocar seu filho num lugar em que a Bíblia não reine de modo supremo. Toda instituição em que as pessoas não se ocupam mais e mais com a Palavra de Deus está condenada a se corromper". (5)
Lutero estava errado? Hoje quase todos os exemplos de famílias evangélicas em que há filhos desviados do Senhor, os filhos começam a se distanciar dos pais e seus valores durante o período em que freqüentam uma escola institucional. Eles se desviam por influência dos amigos, principalmente no convívio do ambiente escolar, onde muitas vezes não há respeito pelos valores morais da Palavra de Deus. Além disso, na escola institucional de hoje a criança e o adolescente absorvem novos valores e aprendem basicamente independência da família e seus valores.

MOISÉS E AS MELHORES ESCOLAS, DO PONTO DE VISTA HUMANODeus precisa da educação controlada pelo governo para construir e usar um homem ou uma mulher? Talvez ninguém tenha experimentado tanto de uma educação desse tipo quanto Moisés. Como filho adotivo da filha do faraó, o governante do Egito, Moisés passou considerável parte de sua vida recebendo educação nas melhores universidades egípcias, que eram consideradas as mais avançadas da época. Em termos modernos, seria como estudar nas melhores universidades americanas. Livros de história modernos confirmam que a educação no Egito era avançada:
Muitos dos ideais e crenças modernos, assim como grande parte do conhecimento sobre o homem, tiveram sua origem no Egito. Os antigos egípcios desenvolveram o primeiro tipo de governo nacional do mundo. Produziram uma arte e uma literatura expressivas. Introduziram a arquitetura baseada na pedra e fabricaram o primeiro material adequado para a escrita, o papiro. Estabeleceram o ano de 365 dias, e os métodos básicos de geometria e cirurgia. (6)
Moisés passou quase 40 anos de sua vida estudando! Sua formação educacional nas universidades egípcias foi tão abrangente que ele se tornou, com todo o conhecimento e treinamento que ganhou, um homem com a capacidade de falar com eloqüência e realizar grandes obras e empreendimentos na área política, científica, social, filosófica e militar. "Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras". (Atos 7:22 NVI) Muito antes de ser usado por Deus, ele adquiriu uma fama e influência impressionante como pensador, filósofo, orador e empreendedor. Pelos padrões humanos, que valorizam apenas os diplomas, ele estava destinado ao sucesso das grandes carreiras.
Com toda a educação especial que recebeu, ele estava mais do que preparado para dirigir um povo, na esfera política e militar. Um dos seus primeiros atos, depois de anos de treinamento nas instituições de ensino egípcias, foi matar um egípcio que estava maltratando um hebreu. Embora muitas vezes dirija militarmente seus líderes, Deus não precisava do treinamento educacional e militar egípcio para usar Moisés para liderar o povo hebreu na sua saída do Egito. Por isso, Deus o levou para o deserto para remover dele a educação e preparação do Egito e lhe dar a educação e preparação do Senhor. Ali, depois de anos trabalhando com rebanhos de ovelhas e sem acesso a livros e outros meios para alimentar o vasto conhecimento cultural que ele havia adquirido nas universidades egípcias, ele perdeu sua capacidade para falar com eloqüência e coragem para realizar grandes obras (veja Êxodo 4:10,13). Quarenta anos de "treinamento" no deserto, sem acesso ao elevado conhecimento humano do Egito ao qual ele estava tão acostumado, o deixaram humilde em suas palavras e ações! Os longos anos que Moisés passou nas universidades egípcias foram também, na mesma proporção, os mesmos longos anos que Deus escolheu para moldá-lo e remover dele as marcas que a educação egípcia havia deixado no seu modo de pensar e agir.
Depois de passar 40 anos no deserto e ser "desmarcado" e "descontaminado" da educação egípcia, Moisés pôde ter o que todos os anos de estudo nunca lhe deram: abertura e sensibilidade para ouvir e atender à voz de Deus. Para remover dele toda socialização negativa que ele teve nas instituições de ensino, Deus o colocou numa situação em que não havia quase nenhum contato social, a não ser sua esposa, filhos e… a presença de Deus. Buscando a Deus profundamente na solidão do deserto foi uma experiência importante que o ajudou a se tornar um homem sensível e aberto ao Espírito Santo. Ouvindo a voz do Senhor, ele foi aprendendo sua vontade e foi poderosamente usado pelo Espírito Santo para ensinar o povo de Deus. Aliás, foi através dele que o Senhor deu a orientação de Deuteronômio 6:5-9, onde os pais são instruídos a assumir a educação total dos próprios filhos, marcando suas mentes para pensar e suas vidas para agir conforme o Senhor determina.
Moisés conhecia, de experiência própria, a educação em escolas institucionais. Conforme descreve o escritor Filo, da Antigüidade, ele estudou matemática, geometria, ciência, astronomia, poesia, música, medicina, hieróglifos, etc. Ele estudou tudo o que as universidades egípcias tinham para oferecer. Embora a instrução que ele recebeu no Egito o tenha marcado fortemente para falar e agir de acordo com a educação das melhores instituições de ensino daquele tempo, Apocalipse alerta que o sistema da Besta vai superar a educação egípcia, marcando muito mais profundamente o modo de as pessoas falarem e agirem. Naturalmente, o condicionamento da Besta na mente e vida das pessoas virá sob o disfarce de excelente educação humana.
Em Deuteronômio, Deus usa Moisés, um homem que tinha vasta experiência nas instituições humanas de ensino, para mostrar aos pais que a melhor educação ocorre no lar. Em Apocalipse, a Besta mostrará e obrigará todas as pessoas a aceitar como fato que a melhor educação ocorre nas escolas institucionais, fora da esfera da família e seus valores. O sinal ou marca na mão e na testa que a Bíblia revela indica o poder de uma educação sistemática que marca profundamente os estudantes em seu modo de pensar e agir. A diferença é onde cada sistema opera para marcar a vida das pessoas.
A freqüência obrigatória às escolas institucionais é cada vez mais a escolha do governo para as famílias. No entanto, a escolha de Deus nos dá a opção de escolher um jeito melhor de treinar nossos filhos academicamente, livres de interferência governamental.
A educação aprovada por Deus tem o lar como escola essencial, mas a educação futura ocorrerá longe da família e sua supervisão e acompanhamento moral e espiritual na vida das crianças. Essa educação futura ocorrerá sob a responsabilidade de governos e leis inspirados por uma potestade espiritual que quer condicionar os seres humanos a pensarem e agirem, em alguns aspectos, como animais ou como indivíduos maus, que não seguem nem respeitam os mandamentos de Deus, principalmente nas questões de sexo, família, filhos, aborto, homossexualidade, etc.

JOÃO BATISTA E A MELHOR EDUCAÇÃO, DO PONTO DE VISTA DE DEUS
A atual geração precisa das visitações de Deus. E a verdade é que ele tem prazer em visitar as pessoas para trazer cura, libertação, transformação e salvação. Se queremos criar e educar filhos que terão uma estrutura de vida espiritualmente forte para preparar as visitações que o Senhor deseja realizar neste mundo desesperado e necessitado, precisamos ter a disposição e abertura espiritual que o casal Zacarias e Isabel tinham. Eles estavam dispostos a sacrificar tudo por Deus e seus projetos divinos. Por causa dessa disposição, Deus lhes deu a honra e oportunidade de se tornarem os pais de João Batista, o homem que Deus usou para preparar o coração das pessoas para a vinda de Jesus Cristo.
João foi treinado de modo bem especial, desde o começo de sua vida. Ele nasceu bem na época do próprio nascimento de Jesus, e quase foi morto, pois em sua fúria contra a chegada do menino Jesus ao mundo o rei Herodes lançou uma campanha de perseguição contra as famílias da cidade de Belém, matando todos os bebês, na esperança de acabar com o Messias que havia nascido. Para salvar seu bebê da morte, Zacarias e Isabel pegaram João e fugiram para o deserto, onde passaram a viver escondidos das autoridades. Eles já eram muito idosos e provavelmente passaram seus últimos anos no deserto, protegendo e treinando seu menino especial.
Zacarias e Isabel, que eram pessoas muito dedicadas a Deus e vinham de famílias de sacerdotes, estavam muito bem capacitados para ensinar tudo sobre Deus e sua Palavra poderosa. Eles implantaram fortemente em João as verdades e mandamentos de Deus e lhe deram instruções básicas de como sobreviver no deserto. Pelas atitudes rústicas de João, nota-se que ele cresceu sem um convívio social "normal". Mas Deus escolheu exatamente essas circunstâncias para treiná-lo para crescer diferente das outras pessoas. Homens e mulheres que têm uma missão especial de Deus em suas vidas são treinados, desde a infância, num modo de vida especial e diferente das pessoas "normais". O treinamento especial de João mudou sua vida, fortaleceu seu chamado e moveu o Espírito Santo para derramar sobre ele a poderosa unção de Elias, um homem de oração que vivia nos desertos com Deus, um homem que foi profeticamente usado pelo Senhor para tocar uma nação inteira.
Do ponto de vista humano, João pode ter perdido muitas oportunidades de contato social, mas não houve perdas reais, conforme confirma Jesus: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito". (Mateus 16:24-27 NVI) Sua falta de contato social "normal" foi preenchida por Deus com um treinamento especial que o envolveu em contatos muito especiais: a maioria dos apóstolos de Jesus já seguia João muito antes de conhecerem Jesus. Ele teve o privilégio de dirigir o treinamento espiritual inicial de Pedro e outros discípulos de Jesus! Do ponto de vista espiritual, a educação que João recebeu foi muito útil e lhe deu uma estrutura forte que o capacitou a preparar o coração dos homens que fariam parte importante do ministério de Jesus.
Deus achou que era necessário que João fosse criado no deserto, com muitos sacrifícios para ele e para seus pais, a fim de que ele pudesse ficar distante de todo tipo de socialização e influência negativa que o desviasse do chamado divino para ele. A única educação que João experimentou em seu isolamento no deserto foi a instrução bíblica e pessoal que seus pais lhe passaram. Não havia mais nada para distraí-lo. Não havia nenhum outro tipo de influência educacional. Seu contato mais importante era a presença do Espírito Santo, os próprios pais e seus valores. E ele não foi o único homem de Deus a "perder" em favor de metas mais importantes. O próprio Apóstolo Paulo diz: "E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo". (Filipenses 3:8 BLH)
Zacarias e Isabel morreram logo, porém seus ensinamentos e valores espirituais jamais morreram. "Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus ensinamentos o guiarão quando você viajar, protegerão você de noite e aconselharão de dia. As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua correção ensina a viver". (Provérbios 6:20-23 BLH) Eles mesmos deram aulas escolares para seu filho. Essas aulas foram ministradas juntamente com os ensinos da Palavra de Deus. A educação projetada por Deus tem o lar como escola e a Palavra de Deus como centro da educação, sob a supervisão e acompanhamento direto dos pais. Até mesmo distintos homens reconhecem que a melhor educação vem da Bíblia. Theodore Roosevelt, Presidente dos Estados Unidos, declarou: "Um conhecimento profundo da Bíblia vale mais do que uma educação universitária". (7) Reconhecer uma verdade é uma coisa; pagar o preço para vivê-la é outra. Os pais de João Batista sacrificaram tudo para priorizar a Palavra de Deus na educação de seu filho.
Tudo o que Zacarias e Isabel ensinaram para João permaneceu vivo na alma dele, guiando-o na sua importante missão de anunciar e preparar a vinda do Messias. Com a educação no lar que recebeu dos pais, João pôde fazer o que, aos olhos de Deus, é o alvo mais importante de todo ser humano: viver a vontade e o chamado de Deus na terra.
A educação moderna e suas instituições formais podem parecer muito mais atraentes, sofisticadas e importantes do que a instrução cristã no lar, mas a educação institucional é um oásis traiçoeiro - cheio de promessas enganosas - cada vez mais controlado por governos para doutrinar sistematicamente as crianças. Esse controle e doutrinação é a principal característica do sistema da besta revelado no livro do Apocalipse. Em contraste, a educação escolar no lar oferece liberdade para as famílias fortalecerem e protegerem seus filhos moral e espiritualmente. Essa educação é realizável? No exemplo de Moisés e João Batista, Deus mostra que até mesmo no deserto, onde há escassez de recursos educativos e onde ninguém vê esperança de sucesso, ele pode educar e levantar grandes homens de caráter, integridade, sabedoria e coragem para liderar uma nação, treinar líderes e, principalmente, honrar o nome de Jesus Cristo. Assim, se Deus pode trabalhar no deserto para educar um homem ou mulher, quanto mais em casa!
Para as famílias cristãs, a educação no lar é essencial porque seu controle não pertence ao governo, mas aos pais. A educação escolar em casa dá aos pais a preciosa liberdade de colocar Deus e sua vontade no centro de tudo e treinar e capacitar a criança para se tornar um adulto equipado para fazer a vontade de Deus, glorificar a Pessoa de Jesus Cristo e ajudar a avançar, na sociedade e na vida das pessoas, um governo mais elevado: o Reino de Deus e seus valores. Assim, as crianças cristãs educadas no lar ganham a oportunidade maravilhosa de conhecer e obedecer a seu Mestre, Professor, Senhor e Rei e são treinadas, como foi João Batista, para ajudar homens e mulheres a se tornarem seguidores apaixonados de Jesus. Tal educação é perfeitamente possível quando se dá espaço livre e plenas oportunidades para Deus ser seu Capacitador.

Versões bíblicas usadas:
BLH: Bíblia na Linguagem de Hoje (CD-Rom Módulo Básico da Sociedade Bíblica do Brasil).
Darby: Tradução literal do Antigo e Novo Testamento feita por John Nelson Darby (1800-82).
MSG: THE MESSAGE, versão em inglês da Bíblia em Linguagem Contemporânea. Copyright 2002 by Eugene Peterson.
NVI: Nova Versão Internacional. Copyright 2000 Sociedade Bíblica Internacional.
Autor:  Julio Severo

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