Rev. Elimar e Pra Erica Gomes

domingo, 20 de setembro de 2015

Será tarde demais para se arrepeder?


Eu tenho o prazer de lidar com um grande número de pessoas que duvidam da sua fé cristã. Não, eles não são céticos do cristianismo (embora eu também lide com muitos desses), eles são cristãos  que querem parar de duvidar. Eu digo “prazer” porque essas feridas, na maioria das vezes, podem ser curadas, e eu me sinto honrado de ter este papel na vida de muitos crentes feridos. Aprendo assim que ser “pastor” não é um oficio e sim um chamado, uma vocação um ministério dado pelo próprio Jesus a sua igreja Ef. 4:11.

Muitos destes cristãos sofrem com a agonia da incerteza, lutando para se manter acima da água. Eles duvidam da presença de Deus, do amor, da existência, e de sua salvação (entre outras coisas). Uma pessoa, no ano passado, escreveu-me a cada três dias, lutando com o mesmo problema. Ela acreditava que Deus a odiava e que não poderia ser restaurada. Ela se referiu a muitas passagens em apoio à sua ansiedade. Havia o “pecado para a morte” em 1 João 5.16. E, claro, se referiu à “blasfêmia contra o Espírito” em Mateus 12.31. Mas a que repetidamente serve como ilustração é encontrada em Hebreus 12.17:

Pois sabeis que, posteriormente, querendo herdar a benção, [Esaú] foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.

Esta é uma passagem verdadeiramente muito difícil, especialmente para aqueles que duvidam de sua fé e segurança no amor de Deus. Deixe-me tentar explicar de uma forma que venha, com esperança, consolar o coração partido espiritualmente.



Esaú foi impedido de se arrepender?

O arrependimento é o outro lado da fé. Quando vamos a Cristo, estamos arrependidos de muitas coisas, incluindo o nosso orgulho, que nos mantém longe de Deus desde o início. Estamos arrependidos de nosso antagonismo em relação a ele. Nosso arrependimento é ilustrado em nossos joelhos curvados. E então, confiamos que Deus nos perdoa. O assustador sobre esta passagem é que parece que Esaú está tentando voltar para Deus em arrependimento, mas ele não pode. Eu não acho que esse é o caso.

A questão é: O que Esaú estava buscando com lágrimas? O que é o “o”, de  Hebreus 12:17 (“com lágrimas, o tivesse buscado”)? Muitas pessoas acham que é o arrependimento. A ordem das palavras deixa outras possibilidades obscuras. Pelo valor nominal em muitas traduções, parece que é por arrependimento que Esaú está buscando. Observe as leituras nas seguintes traduções:

Almeida Revisada Imprensa Bíblica: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse diligentemente com lágrimas. 

Almeida Corrigida e Revisada Fiel: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscasse. 

Sociedade Bíblica Britânica: Pois sabeis que quando ele ainda depois desejava herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, embora o buscasse diligentemente com lágrimas. 

Cada uma destas traduções dá a impressão de que Esaú buscou basicamente por arrependimento. Se assim for, este é um motivo de grande preocupação, uma vez que ensina que talvez sejamos capazes de voltar para Deus com lágrimas, verdadeiramente procurando o arrependimento, mas não seremos capazes de encontrá-lo. Ela ensinaria que pode haver pessoas que realmente querem transformação a partir de seu pecado, mas não conseguem encontrar a misericórdia de Deus. Pode ensinar que você poderia se aproximar do trono de Deus pedindo o dom do arrependimento e ser desligado. Pode ensinar que há um momento nessa vida em que é tarde demais, não importa o quanto você deseja mudar. Isso é assustador.



Buscando arrependimento ou bênção?

No entanto, há outra, e eu acredito de maneira mais fiel de entender esta passagem. O pronome “o” não tem um, mas dois possíveis antecedentes. Quando estruturado na forma das traduções que citei, o jeito mais comum de ler é procurando a possibilidade mais próxima como o referente ao que Esaú procurou. E o mais próximo referente à “o” é realmente “arrependimento”. No entanto, a língua grega segue um conjunto de regras diferentes. A ordem das palavras é secundária à inflexão. A palavra “o” é um pronome feminino, o que significa que o substantivo que modifica será feminino também.

Neste verso há dois substantivos femininos no grego: “arrependimento” e “bênção”. Portanto, há duas opções viáveis aqui para o que Esaú buscou com lágrimas. Ou era arrependimento ou a bênção. Não é necessariamente preferível se basear em gramática e sintaxe, por isso temos de olhar para o contexto da história que o autor de Hebreus faz referência. Então, vamos olhar para a história de Esaú.



A perda da bênção de Esaú

Quando nos voltamos para a narrativa em Gênesis 27, vemos Esaú sendo enganado por Jacó e sua mãe, que lhe tiram sua benção. Após Esaú descobrir que tinha sido enganado e que Isaque abençoara a Jacó, ele se desesperou. Observe como a história continua:

Respondeu-lhe o pai: “Veio teu irmão astuciosamente e tomou a tua benção”. Disse Esaú: “Não é com razão que chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha.” Disse ainda: “Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?” Então, respondeu Isaque a Esaú: “Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?” Disse Esaú a seu pai: “Acaso, tens uma única bênção meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai.” E, levantando Esaú a voz, chorou.

Esaú, de fato, chorou e se arrependeu. Mas o que fez ele chorar? Foi a perda de sua bênção. O contexto em Gênesis é claro. Acredito que devemos ver a passagem de Hebreus pelo contexto do enredo original. O autor de Hebreus está dizendo que Esaú buscou a sua bênção, não arrependimento, com lágrimas.

Graça Radical

A Bíblia diz que  nunca existirá um dia antes da morte em que o arrependimento estará além do nosso alcance. Isso é o que continuei dizendo a pessoa  que falei anteriormente.

Mesmo o ladrão na cruz encontrou tal graça sendo humilde e demonstrando arrependimento em suas palavras a  Jesus dizendo: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

Esta é a maravilha do nosso Deus e do evangelho. O amor de Deus torna o arrependimento sempre aceitável, não importa onde você se encontra na vida. Se você buscar por arrependimento, você vai encontrar. A graça de Deus é radical e definitiva. Aproveite o momento e arrependa-te hoje! E lembre-se: arrependimento é diferente de remorso! Arrependimento gera mudança de atitude, gera conversão enquanto o remorso apenas uma dor momentânea e um desconforto pela convicção que praticastes alguma coisa contrária a caminho natural das coisas.

Lembre-se do texto que diz: “Aquele que arrepende e deixa, alcança misericórdia” Pv 28:13.

Termino dizendo para você leitor a respeito da importancia de se aproveitar a oportunidade e eficaz: “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça 1 Jo 1:9.

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Em Cristo,

Rev Elimar Gomes-Alves
Pastor, Escritor, Articulista, Economista e Administrador de Empresas, Teólogo, Conferencista, Professor de Teologia e servo.

terça-feira, 28 de julho de 2015

A DRACMA PERDIDA

A parábola da Dracma Perdida (Lc 15,8-10) para ser melhor compreendida precisa ser lida à luz das outras duas  a da  Ovelha perdida (Lc15,3-7) e a denominada do Filho pródigo (Lc 15,11-32), uma vez que ela está no meio destas duas. Ela é relatada unicamente em Lucas. Há uma intenção do redator em apresentar o relato desta forma em que o amor misericordioso de Deus é apresentado de forma progressiva.
Vejamos na primeira parábola da Ovelha perdida Jesus a propõe com a intenção de mostrar que Deus se preocupa com qualquer ovelha que se perde do seu rebanho, em que ele vai a procura até encontrá-la. Deus não desiste dos que dele se afastam. Veja bem como termina no v. 7: haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
E na última parábola proposta por Jesus do filho pródigo, o pai fica ansioso e feliz pela volta do seu filho mais novo que pediu os bens a que tinha direito, gastou tudo que volta arrependido querendo apenas ser como um empregado do pai. Nesta parábola Deus é apresentado como um pai amoroso e que se alegra com a volta dos filhos que dele se afastam e por isso se rejubila e faz festa. A volta para Deus precisa ser muito bem comemorada. Veja como termina no v. 32: “era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque este teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
Na parábola da Dracma perdida é a menor moeda que se perde. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu não importando o seu valor. Ela tinha 9 moedas e se empenha ainda em procurar a outra. Acende a lâmpada, varre a casa, e a procura diligentemente faz uma verdadeira faxina, não deixa um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Quando a encontra reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. No v. 10 Jesus afirma: “de igual modo há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.
Quando alguém peca se afasta de Deus, é como se escondesse de Deus, por isso essa afirmação de Jesus. A respeito de se esconder de Deus, veja o que fizeram Adão e Eva quando desobedeceram a Deus em Gn 3,8. Veja também como Deus vai novamente conquistar seu povo que dele se tinha afastado Os 2,14, em que Deus atrai seu povo para si, o leva ao deserto e lhe fala ao coração.
Percebemos uma graduação e especificação na busca de Deus pelos que dele se afastam. Se na da Ovelha perdida é a alegria de Deus por encontrar uma ovelha que se perdeu (qualquer um/uma do rebanho), na da Dracma perdida é a alegria pela menor das moedas que é encontrada (pelo ser humano considerado como menor ou mais pequeno = pecador) e na do filho pródigo a alegria e a festa por um filho (alguém que é da sua família), que se arrepende e retorna.
Que Deus nos ajude para que saibamos nos deixar iluminar por sua Palavra e por sua Luz e que quando for necessário também ir à procura daqueles que estão afastados dele, do seu caminho, da justiça, da paz, da fraternidade e do amor que unem e são  a expressão da verdadeira vida cristã.

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Que seus dias, sejam dias de vitória e comunhão...

Forte abraço em todos.

Rev Elimar Gomes
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sábado, 18 de julho de 2015

A importância do arrependimento para a Salvação

Eu tenho o prazer de lidar com um grande número de pessoas que duvidam da sua fé cristã. Não, eles não são céticos do cristianismo (embora eu também lide com muitos desses), eles são cristãos  que querem parar de duvidar. Eu digo “prazer” porque essas feridas, na maioria das vezes, podem ser curadas, e eu me sinto honrado de ter este papel na vida de muitos crentes feridos. Aprendo assim que ser “pastor” não é um oficio e sim um chamado, uma vocação um ministério dado pelo próprio Jesus a sua igreja Ef. 4:11.


Muitos destes cristãos sofrem com a agonia da incerteza, lutando para se manter acima da água. Eles duvidam da presença de Deus, do amor, da existência, e de sua salvação (entre outras coisas). Uma pessoa, no ano passado, escreveu-me a cada três dias, lutando com o mesmo problema. Ela acreditava que Deus a odiava e que não poderia ser restaurada. Ela se referiu a muitas passagens em apoio à sua ansiedade. Havia o “pecado para a morte” em 1 João 5.16. E, claro, se referiu à “blasfêmia contra o Espírito” em Mateus 12.31. Mas a que repetidamente serve como ilustração é encontrada em Hebreus 12.17:
Pois sabeis que, posteriormente, querendo herdar a benção, [Esaú] foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.
Esta é uma passagem verdadeiramente muito difícil, especialmente para aqueles que duvidam de sua fé e segurança no amor de Deus. Deixe-me tentar explicar de uma forma que venha, com esperança, consolar o coração partido espiritualmente.

Esaú foi impedido de se arrepender?
O arrependimento é o outro lado da fé. Quando vamos a Cristo, estamos arrependidos de muitas coisas, incluindo o nosso orgulho, que nos mantém longe de Deus desde o início. Estamos arrependidos de nosso antagonismo em relação a ele. Nosso arrependimento é ilustrado em nossos joelhos curvados. E então, confiamos que Deus nos perdoa. O assustador sobre esta passagem é que parece que Esaú está tentando voltar para Deus em arrependimento, mas ele não pode. Eu não acho que esse é o caso.
A questão é: O que Esaú estava buscando com lágrimas? O que é o “o”, de  Hebreus 12:17 (“com lágrimas, o tivesse buscado”)? Muitas pessoas acham que é o arrependimento. A ordem das palavras deixa outras possibilidades obscuras. Pelo valor nominal em muitas traduções, parece que é por arrependimento que Esaú está buscando. Observe as leituras nas seguintes traduções:
Almeida Revisada Imprensa Bíblica: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse diligentemente com lágrimas. 
Almeida Corrigida e Revisada Fiel: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscasse. 
Sociedade Bíblica Britânica: Pois sabeis que quando ele ainda depois desejava herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, embora o buscasse diligentemente com lágrimas. 
NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje: Como vocês sabem, depois ele quis receber a bênção do seu pai. Mas foi rejeitado porque não encontrou um modo de mudar o que havia feito, embora procurasse fazer isso até mesmo com lágrimas.
Cada uma destas traduções dá a impressão de que Esaú buscou basicamente por arrependimento. Se assim for, este é um motivo de grande preocupação, uma vez que ensina que talvez sejamos capazes de voltar para Deus com lágrimas, verdadeiramente procurando o arrependimento, mas não seremos capazes de encontrá-lo. Ela ensinaria que pode haver pessoas que realmente querem transformação a partir de seu pecado, mas não conseguem encontrar a misericórdia de Deus. Pode ensinar que você poderia se aproximar do trono de Deus pedindo o dom do arrependimento e ser desligado. Pode ensinar que há um momento nessa vida em que é tarde demais, não importa o quanto você deseja mudar. Isso é assustador.

Buscando arrependimento ou bênção?
No entanto, há outra, e eu acredito de maneira mais fiel de entender esta passagem. O pronome “o” não tem um, mas dois possíveis antecedentes. Quando estruturado na forma das traduções que citei, o jeito mais comum de ler é procurando a possibilidade mais próxima como o referente ao que Esaú procurou. E o mais próximo referente à “o” é realmente “arrependimento”. No entanto, a língua grega segue um conjunto de regras diferentes. A ordem das palavras é secundária à inflexão. A palavra “o” é um pronome feminino, o que significa que o substantivo que modifica será feminino também.
Neste verso há dois substantivos femininos no grego: “arrependimento” e “bênção”. Portanto, há duas opções viáveis aqui para o que Esaú buscou com lágrimas. Ou era arrependimento ou a bênção. Não é necessariamente preferível se basear em gramática e sintaxe, por isso temos de olhar para o contexto da história que o autor de Hebreus faz referência. Então, vamos olhar para a história de Esaú.

A perda da bênção de Esaú
Quando nos voltamos para a narrativa em Gênesis 27, vemos Esaú sendo enganado por Jacó e sua mãe, que lhe tiram sua benção. Após Esaú descobrir que tinha sido enganado e que Isaque abençoara a Jacó, ele se desesperou. Observe como a história continua:
Respondeu-lhe o pai: “Veio teu irmão astuciosamente e tomou a tua benção”. Disse Esaú: “Não é com razão que chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha.” Disse ainda: “Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?” Então, respondeu Isaque a Esaú: “Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?” Disse Esaú a seu pai: “Acaso, tens uma única bênção meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai.” E, levantando Esaú a voz, chorou.
Esaú, de fato, chorou e se arrependeu. Mas o que fez ele chorar? Foi a perda de sua bênção. O contexto em Gênesis é claro. Acredito que devemos ver a passagem de Hebreus pelo contexto do enredo original. O autor de Hebreus está dizendo que Esaú buscou a sua bênção, não arrependimento, com lágrimas.

Graça Radical
A Bíblia diz que  nunca existirá um dia antes da morte em que o arrependimento estará além do nosso alcance. Isso é o que continuei dizendo a pessoa  que falei anteriormente.
Mesmo o ladrão na cruz encontrou tal graça sendo humilde e demonstrando arrependimento em suas palavras a Jesus dizendo: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino” Lc 23:42.
Esta é a maravilha do nosso Deus e do evangelho. O amor de Deus torna o arrependimento sempre aceitável, não importa onde você se encontra na vida. Se você buscar por arrependimento, você vai encontrar. A graça de Deus é radical e definitiva. Aproveite o momento e arrependa-te hoje! E lembre-se: arrependimento é diferente de remorso! Arrependimento gera mudança de atitude, gera conversão enquanto o remorso apenas uma dor momentânea e um desconforto pela convicção que praticastes alguma coisa contrária a caminho natural das coisas.
Lembre-se do texto que diz: “Aquele que arrepende e deixa, alcança misericórdia” Pv 28:13.
Termino dizendo para você leitor a respeito da importância de se aproveitar a oportunidade e a chance eficaz disponibilizada por Cristo: “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça 1 Jo 1:9, pois, "Todo aquele que me confessar diante dos homens, também Eu o confessarei diante de meu pai, que está nos céus". Mt 10:32

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo

INTRODUÇÃO:
Mais que nunca, precisamos ouvir o que Jesus disse à pequena Igreja de Pérgamo, que também vivia no quartel-general do inferno. Ela servia a Deus sob a sombra do trono de Satanás. Pérgamo não era um local fácil para se viver. Mesmo assim foi lá que Deus  plantou Sua igreja. Nesta carta, Cristo alerta-os a permanecerem fiéis neste ambiente infernal.

I – A CIDADE DE PÉRGAMO:
Éfeso era a principal cidade da Ásia, mas Pérgamo era a capital, posto que lá era a sede do governo imperial.

É nesta cidade que satanás aparece como o “príncipe do mundo” (Jo 14.30 cf I Jo 2.15 e ss). O que o apóstolo João chama de mundo em sua Primeira Carta é, de fato, o grande inimigo da igreja de Pérgamo.

Em 29 a. C., os líderes de Pérgamo construíram o primeiro templo dedicado a César, na Ásia. O louvor ao imperador tinha força aqui. Se noutras proclamava-se uma vez por ano a deidade de César, em Pérgamo a idolatria imperial era cotidiana. Incenso era queimado diariamente ao imperador. Aqui servir a outros deuses não era problema, desde que o nome de César fosse glorificado. Quando alguém dizia: “Zeus é Senhor!”, César tinha de ser imediatamente aclamado.

A dificuldade para os crentes residia no fato de eles não poderem servir a dois deuses. Se proclamassem: “César é Senhor!”, trairiam ao seu Deus. Caso contrário, seriam mortos por amor a Cristo.

A montanha, que se elevava a 1000 metros acima da cidade, estava recoberta de templos pagãos, santuários e altares a Zeus, Atenas, Dionísio e Asclépio ou Esculápio. Cada um possuía seu templo.

Um gigantesco altar a Zeus, a maior das deidades gregas, foi construído ali em forma de trono. Muitos acreditam que este era o trono de Satanás citado na carta. De qualquer forma,  era o altar pagão mais famoso daquela época.

A cidade estava tão profundamente envolvida com a idolatria que possuía seu próprio deus: Asclépio, o deus da cura. Adoradores vinham a este templo para encontrarem o alívio de suas enfermidades. Cobras arrastavam-se pelo templo. Os adoradores eram encorajados a deitar-se ao chão para que as serpentes subissem-lhes pelos corpos. Criam que o toque das víboras tinha poder curador. De fato, o símbolo da medicina – uma serpente enrolada – representa o deus Asclépio.

Era neste local que a Igreja se encontrava. Vivia ela no quartel-general do inferno. Servia a Deus nas raias do trono de Satanás.

II – O REMETENTE DA CARTA:
Apc 2:12 cf Rm 13.1-4 – Na cultura romana, a espada era símbolo do poder e autoridade; significava a punição capital: vida ou morte. César tinha a palavra final; sua determinação tornava-se lei.

Eis por que Jesus é descrito portando uma espada de dois fios. Aqui está a Sua autoridade judicial. Com a espada desembainhada, é o Guerreiro Divino. Vence os inimigos; pronuncia julgamento sobre eles. Ele é o único Senhor da Igreja. Tem poder sobre a morte e a vida; Sua palavra é final; Sua lei, patente; Seu reinado, absoluto.

Por que uma espada de dois fios? Porque corta de ambos os lados. Cristo tem poder sobre a vida e a morte. Possui autoridade para abençoar, salvar e condenar à eterna perdição.

Por que Jesus revela-se à Igreja desta forma? Há duas razões:

(A) – Pérgamo achava-se sob a espada de Roma. Intimidação e medo alastravam-se nos corações daqueles crentes. Por isto, não podiam esquecer que havia uma autoridade mais forte que a romana. A despeito das táticas amedrontadoras de Roma, Cristo controlava todo poder.

(B) – Como esta Igreja tolerava falsos ensinadores, não podiam esquecer de que há um padrão imutável: A PALAVRA DE DEUS. O Senhor zela para a cumprir! Por isso, os crentes de Pérgamo precisavam defender claramente a doutrina. Caso contrário, enfrentariam a disciplina severa das mãos do próprio Cristo.

III – A ORDEM DO REMETENTE PARA A PERSEVERANÇA:
Apc 2:13 – Esta é uma palavra de encorajamento. Jesus Cristo sabia o que significava viver no quartel-general do inferno. Desde o Seu nascimento, já enfrentava Ele as investidas de Satanás (Mt 2.13; 4.1-11; Mt 27).

Os crentes em Pérgamo viviam onde se achava o trono de Satanás. Aqui estava o seu quartel-general. Satanás visitava outras cidades, mas morava em Pérgamo.

Satanás não é onipresente, pois ele não é Deus; só pode estar num lugar de cada vez. Assim, passava a noite em Laodicéia, Sardo ou Éfeso, mas depois retornava ao seu domicílio, em Pérgamo. Habitar significa ocupar uma casa e viver nela permanentemente.

Mas por que Pérgamo era o trono do adversário?
A cidade, como já vimos, era o centro de adoração a Asclépio, o deus-serpente. Neste templo, os adoradores misturavam-se às cobras. Satanás, a antiga serpente, sentia-se muito bem em Pérgamo. Além disso, ficava aqui o centro regional de adoração ao imperador. Foi a primeira cidade na Ásia a ter um templo devotado a César. Havia, inclusive, um sacerdócio especial devotado a este culto. A adoração a César era mais intensa aqui.

Jesus parabeniza-os por haverem eles retido o Seu nome e não negado a fé. Eles permaneciam fortes em sua lealdade a Cristo como Senhor. Recusavam-se a adorar a César. Não obstante as pressões, permaneciam fervorosos. Mantinham-se fortes nos padrões divinos, apesar do declínio moral daqueles dias.

Entre estes crentes, Antipas destaca-se por sua coragem e fé. Seu nome significa “CONTRA TODOS”. Para defender sua fé, colocava-se de fato contra todos. Provavelmente pastor da Igreja, recusava-se a aceitar o status político daqueles dias; opunha-se ele ao governo, pois apenas Roma tinha o poder de aplicar a pena capital.

Mas se Roma o queria morto, Jesus refere-se ele como “MINHA FIEL TESTEMUNHA”. Pode haver maior tributo que este? O nosso testemunho tem de ser fiel. O que a fidelidade custou a Antipas? Ele foi morto onde Satanás habita.

Assim sendo, a fé que Antipas ostentava haveria de ser proclamada aos séculos vindouros. O mundo vê a morte dos mártires e lamenta: “Que perda!”. Deus, porém, regozija-se e diz: “Que ganho!” – Sl 116.15

IV – A FALHA DA IGREJA DE PÉRGAMO:
Apc 2:14-15 – Mais uma vez, podemos observar que não existe igreja perfeita; a perfeição só será alcançada no céu.

Apesar de sua constância, o pecado introduziu-se nela imperceptivelmente. O maior perigo não era a perseguição, e sim a perversão.

Se Satanás não pode derrotar a Igreja, tenta ingressar nela. A ameaça mortal vinha de dentro.

Em Pérgamo havia um pequeno grupo que instigava os crentes a se comprometerem com o mundo. Sua carnalidade prejudicava aos fiéis. Este grupo achava-se envolvido com a doutrina de Balaão.

A QUEIXA DE JESUS NÃO É DIRIGIDA AO GRUPO QUE ENSINAVA TAL HERESIA, MAS À IGREJA POR TOLERAR A DOUTRINA DE BALAÃO!

Mas que doutrina era essa?
Balaão era um profeta gentio do A.T.. Chamado para ser porta-voz de Deus, sempre falou pelo diabo. Durante a peregrinação de Israel pelo deserto, Balaque, rei de Moabe, ouviu dizer que o povo de Deus avançava. E ele sabia que não havia maneira de se defender dos israelitas. Desesperado, pediu ajuda a Balaão.

Vulnerável à tentação e ao lucro, o profeta estrangeiro buscou, em três momentos distintos, amaldiçoar o povo de Deus. Mas em lugar da maldição, a bênção. Ele não podia amaldiçoar a Israel. Tentando servir a Deus e ao dinheiro, arquitetou um plano engenhoso.

O profeta do lucro instruiu, pois, a Balaque a colocar tropeços diante dos israelitas. Instigou a Balaque a por meretrizes no arraial hebreu para que seduzissem o povo de Deus. Infelizmente, os filhos de Israel não eram páreo a tal tentação. Caíram; divertiram-se com pagãs. Com elas, adoraram os ídolos e comeram os alimentos oferecidos a estes.

Adoraram-nos em templos pagãos de Moabe. Nestes templos, as prostitutas cultuais induziram os israelitas a cometerem todo o tipo de torpezas. O resultado foi devastador. Entretanto em guerra contra o Seu povo, Deus matou 24 mil israelitas. O que Balaão não pôde fazer, o pecado o fez. O tropeço foi grande e o resultado foi devastador!

PEDRA DE TROPEÇO É UMA ARMADILHA FEITA COM UM CHAMARIZ. Quando este é tocado, bum! A armadilha dispara e prende a vítima. Assim é o pecado. Parece atraente, mas tocado, captura a presa.

A doutrina de Balaão é o compromisso com o mundo. É a mistura das coisas santas com as profanas. É ter um pé na Igreja e outro no mundo. Com semelhante ensino, esse grupo de Pérgamo ameaçava destruir a Igreja. Afinal, quebra-se um elo e toda a corrente é inutilizada. Se apenas uma célula torna-se cancerosa, todo o corpo logo sofre.

Assim é a Igreja. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Um pequeno foco de pecado prejudica todo o corpo. O mal, pois, precisa ser eliminado.

JESUS APONTA OUTRO PECADO OCULTO. Havia um segundo grupo ensinando falsas doutrinas – os nicolaítas. Pregavam uma doutrina destrutiva muito similar à doutrina de Balaão. Os frascos eram diferentes, o veneno, porém, o mesmo.

Devemos observar que: AQUILO QUE ERA “OBRA DOS NICOLAÍTAS” NA IGREJA DE ÉFESO, PASSOU A SER “DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS” NA IGREJA DE PÉRGAMO! (Apc 2.6, 15)

A tradição conta que Nicolau foi um dos primeiros líderes da Igreja. Mas apostatando, começou a ensinar que o crente pode viver como quiser. Seu objetivo: achar um meio termo entre a vida cristã e os costumes da sociedade greco-romana.

Na realidade, os nicolaítas combinavam os ideais cristãos com a imoralidade e a idolatria. O resultado era uma heresia devastadora que ameaçava a existência da Igreja. Eles pervertiam a graça de Deus. Com o seu antinomianismo, ensinavam que nenhuma lei moral de Jesus está vinculada ao cristão atual. Reafirmando a idolatria de Balaão, encorajavam os crentes a envolverem-se com todo tipo de perversão.

O que é idolatria? 

Qualquer coisa ou pessoa mais importante do que Deus em sua vida. Amar, temer, servir ou desejar alguma coisa mais que a Deus é idolatria. É o que se acha entre nós e o Senhor. Um ídolo pode ser uma estátua entalhada em mármore, um talão de cheques, um carro, um barco, uma casa. Pode ser o diploma na moldura, uma causa, um talento dominador, ou um físico bem desenvolvido e bronzeado. Enfim, é qualquer coisa ou pessoa que ocupe o primeiro plano em sua vida ao invés de Jesus Cristo. (Tg 4:4; I Jo 2:15; 5:21)

Você acha que temos tais ensinamentos em nossas Igrejas hoje? Sim! Nunca a doutrina de Balaão esteve tão em voga. Estes mestres tentam minar-nos a carne com suas concupiscências. Eles ensinam o seguinte: – “BUSCAI PRIMEIRO O REINO DESTE MUNDO, E AS COISAS ESPIRITUAIS VOS SERÃO ACRESCENTADAS”.

Tal heresia alimenta a ganância, desperta o materialismo, estimula o mundanismo e a cobiça. Em resumo: Tudo contrário ao que diz a Palavra de Deus: Mt 6:33; Cl 3:2.

Ainda mais: Da mesma forma que em Pérgamo, há ensinadores e mestres hoje rebaixando o padrão de pureza. Muitas Igrejas e denominações já consentem na ordenação de homossexuais. Aliás, até fundam igrejas para estes. Outras aprovam o divórcio e outras uniões sem o devido respaldo bíblico. Outras ainda reintegram imorais ao santo ministério, toleram pessoas amigadas, aprovam o aborto como forma de controlar a natalidade. Enfim, falham na disciplina. Esta é a doutrina imoral de Balaão.

Um outro detalhe: A palavra prostituição ou imoralidade (porneia) é abrangente; inclui todas as formas de perversão sexual: adultério, sexo pré-nupcial, homossexualidade, pornografia, travestismo. A igreja não pode tolerar tais práticas. Precisamos desembainhar a espada de dois fios e removê-las do meio dos santos. A Bíblia não mudou e Deus também não (Ex 20:14; I Cor 6:16; I Ts 4:3; Hb 13:4; Ef 5:3)

V – A SOLUÇÃO PARA A IGREJA DE PÉRGAMO:
Apc 2:16 – Após o diagnóstico, o grande Médico prescreve a cura – uma cirurgia cardíaca.

O arrependimento exige mudança de opinião sobre o pecado. Mudança de coração e de vontade. Ou seja, uma mudança radical. Isto é arrependimento.

São palavras fortes. Pois sérios perigos aguardam os que continuam na idolatria e na imoralidade. Sérios perigos requerem medidas urgentes e radicais. Jesus não diz: “ESTÁ CERTO. TENHO GRAÇA ILIMITADA E PERDÃO SEM FIM. ENTÃO, VIVA COMO QUISER”.

Pelo contrário, Sua palavra é incisiva. Não há acordo. É um aviso a considerar. Trata-se de uma visita especial para julgar a Igreja.

Semelhante julgamento caíra sobre Balaão (Nm 22:23, 31; 25:5; 31:8); Os balaamitas e nicolaítas de Pérgamo não ficariam impunes. A Igreja precisa expulsar o pecado, para que Jesus não a expulse de Sua presença. Se ela não disciplinar a seus membros, o Senhor far-lhe-á guerra com a espada de dois gumes. Jesus lutará contra qualquer Igreja que tolerar o pecado. Lutará contra a imoralidade e a idolatria.

Ser tolerantes com tais doutrinas faz da Igreja cúmplice de Balaão e Nicolau. Mas a mensagem contida na carta é bem clara: IDOLATRIA E IMORALIDADE NÃO SERÃO TOLERADAS! A IGREJA DE CRISTO É SANTA!

VI – O SOFRIMENTO DA IGREJA DE PÉRGAMO:
Apc 2:17a – Jesus, o Maravilhoso Conselheiro, conclui com uma palavra de conforto. Novamente Jesus admoesta: O QUE ELE DIZ TEM DE SER OUVIDO. A Igreja precisa guardar o alerta. Ouvir e tornar a pecar não é ouvir corretamente (Lc 6:46). Precisamos ouvir o que o Espírito diz, e seguir-Lhe o conselho.

VII – A PROMESSA PARA A IGREJA DE PÉRGAMO:
Apc 2:17b – E se a Igreja se arrepender? Se desfizer o compromisso com o pecado? Se banir a idolatria e a imoralidade? Qual a promessa?

Novamente, Jesus fornece um antegozo do céu com a finalidade de motivar-nos a obedecer-Lhe a Palavra. Fala da glória futura como incentivo para um compromisso presente.

Grandes bênçãos são prometidas ao que vencer tais pecados. O que importa é como reagimos ao receber a mensagem do Senhor. Àqueles que se arrependem,Jesus promete o maná escondido, a pedra branca e um novo nome.

O MANÁ ESCONDIDO – No A.T., era a comida do céu com que Deus alimentava o Seu povo no deserto. Quando de seu encontro com Balaão, Israel ainda alimentava-se do maná. Que contraste com o alimento oferecido aos ídolos! O maná era comida santa.

Cristo é o verdadeiro maná. É o pão vivo que desceu do céu (Jo 6:35). Isto fala de nossa comunhão com Ele. Cristo convidou Laodicéia a cear Consigo (Apc 3:20). A ceia demonstra comunhão íntima. Somente os crentes recebem a promessa da doce e eterna comunhão com Cristo.

Por que o maná escondido? Por ser a doce comunhão que o mundo não conhece. Só pode ser conhecido através da fé. Jesus oferece o pão espiritual que não pode ser visto pelos olhos naturais.

PEDRA BRANCA – A pedra branca pode significar a prática judicial da absolvição (At 26:10).

Nos tempos antigos, o juiz dava o veredicto colocando um seixo preto ou branco numa urna. O primeiro era condenação; o segundo, absolvição.

Se confessarmos os nossos pecados e nos arrependermos, Cristo registrará a absolvição. A confissão traz o perdão. Somente o arrependimento pode reverter a decisão do tribunal.

As pedras brancas eram também oferecidas como símbolos de aceitação ou admissão num evento especial. É o que Cristo promete aos verdadeiros crentes.

UM NOVO NOME – Os vencedores recebem um novo nome, indicando nova identidade, novo estado e novo começo. É a nova condição em Cristo. Este novo nome acha-se oculto aos outros. Ninguém sabe o que Cristo significa para mim. O relacionamento entre Cristo e o crente é tão íntimo e pessoal; é uma experiência particular e mui reservada.

Como essas três promessas se encaixam?
(1) – Chegará o dia em que seremos aceitos na presença do Senhor: PEDRA BRANCA;
(2) – Desfrutaremos da doce comunhão: MANÁ ESCONDIDO;
(3) – Tudo de acordo com a nossa nova condição em Cristo: NOVO NOME.

O que essas imagens nos lembram? Sem dúvida, o casamento. Um jovem casal frente ao altar. O brilho na face da noiva reflete profunda antecipação. Ela vai ao altar com a pedra branca no dedo. Recebe novo nome e adentra num relacionamento mais rico e profundo com aquele a quem sua alma tanto ama.

Deus usa a imagem do casamento para demonstrar nossa glória futura. Um banquete nos espera (Apc 19:1-10). No momento em que formos totalmente aceitos num relacionamento mais íntimo com Ele, receberemos novo nome. Como a noiva no altar, nossos corações serão cheios de gloriosa consumação. Esta antecipação motiva-nos a permanecer espiritualmente puros e fiéis.

VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Já ouvimos os especialistas políticos, sociólogos, psicólogos e até mesmo os teólogos. Agora, porém, é chegado o momento de ouvirmos O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS.

Material copilado e adaptado.

sábado, 16 de maio de 2015

Ser crente não basta, temos que ser TRANSFORMADOS!

Estudo Biblico Crentes, Mas Não Transformados Evangélica GospelTransformação é uma palavra chave na vida de cada pessoa que se identifica como seguidora de Jesus Cristo. As nossas igrejas estão cheias de simpatizantes e admiradores dos ensinamentos de Jesus, porém com tristeza vemos muitos crentes viverem de forma bem distante e diferente da proposta de Jesus. A transformação de que fala a Bíblia é uma condição inegociável para o cristão, ela á ampla e global, é renovação da mente, é a mente da pessoa que controla sua vida, que determina suas ações, seu procedimento, por isso a Bíblia diz que a renovação, a mudança, a transformação precisa acontecer na mente. Há muitas idéias erradas sobre transformação:


Transformação não é somente ir a igreja em todas as reuniões, participar dos cultos, andar com a Bíblia e dizer sou crente, ou ainda encher o automóvel de adesivos.

Transformação não é somente deixar de fumar, beber, jogar e outras coisas similares.

Transformação não é somente falar do que Jesus faz ou pode fazer.

Transformação não é somente deixar de andar em companhia de pessoas margilalizadas pela sociedade.


Com certeza essas coisas sozinhas, não mostram uma verdadeira transformação, é preciso muito mais. “Se a vossa justição não exceder em muitos os escribas e fariseus de modo algum entrareis no reino de Deus” Mt.5:20. As nossas igrejas tem muita gente que necessitam de uma real e verdadeira transformação. A falta de uma vida verdadeiramente transformada tem impedido muitas pessoas de se aproximarem do evangelho de Jesus Cristo. A força do evangelho está na transformação que ele produz; precisamos nos libertar do velho homem com todos os seus resquícios e sermos revestidos de uma nova vida. Imagine uma esposa que diz para o seu marido - “ Eu, agora sou crente”, mas continua a brigar com o marido por tudo, a falar mal da vizinha, e ainda diz para o marido você precisa se converter. 


Que exemplo esse marido tem da esposa? Que evangelho é esse?. Pense, em um filho que vai a todas as reuniões da igreja, é lider dos jovens ou dos adolescentes, mas em casa é respondão, briguento, irrita-se com facilidade, é grosseiro, não respeita os pais, quando voce acha que os pais desse jovem vão desejar aceitar o mesmo Jesus do seu filho? E o inverso é verdadeiro tem pais que oram anos a fio pelos seus filhos, porém nunca deram um testemunho que tenha provocado em seus filhos o desejo de servir ao mesmo Deus que eles. Que dizem os colegas de trabalho de um crente mal humorado, que nunca está pronto para ajudar ninguém, está transformado porque vai a igreja e é só, alguém vai desejar conhecer o Jesus dessa pessoa. O que dizer do jovem, da jovem que escandaliza os novos convertidos, pois falam mal, e as vezes até criam barreiras entre os irmãos, como será o Jesus dessa pessoa. “ Aquele que diz que está nele, deve andar como ele andou” I Jo.2:6. 


O mais difícil é que tem pessoas que se acostumam a serem assim, e acham que não tem nada demais, porém fazem mal para si e para os outros. Não estamos falando que podemos viver sem pecar, pois isso é impossível enquanto estivermos aqui na terra. Transformai-vos, essa é a ordem de Jesus, para vida de todo aquele que é nascido de novo. Transformai-vos o vosso modo de pensar, de falar e de agir, com certeza as pessoas verão a diferença e quando vêem esta diferença dizem, verdadeiramente o evangelho transforma. 


Quer ganhar seu marido para Jesus, seja uma pessoa transformada, deixe Jesusagir em tua vida. Quer ganhar sua esposa para Cristo, seja um exemplo de marido, em todas as áreas, seja um servo usado por Deus. Quer ganhar teu filha, tua filha, ore por ele, por ela, mais mostre que você é um pai, uma mãe diferente, que há algo divino em você. Jovem quer ganhar seus pais para Cristo, quer levá-los aos pés de Jesus, seja um filho transformado, uma filha transformada. Está em nossas mãos fazer a diferença. Como é bom ouvirmos, de um pai, o meu filho é outro desde que aceitou a Jesus. Quantas esposas podem dizer, foi o testemunho do meu marido, que me trouxe a Jesus. O mundo quer ver Jesus em nós, nos nossos atos, nas nossas palavras, não afaste pessoas de Jesus, seja um crente transformado, seja diferente. Ame, perdoe, ajude, coopere, compreenda, ganhe vidas para Jesus, enntregue sua vida para Jesus.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nove sinais inconfundiveis da Volta de Jesus!

O século 20, talvez mais do que todos os outros, experimentou profundas mudanças em todas as áreas. Muitos desses acontecimentos são de enorme significado para a Igreja. Olhar a história recente é ver o desenrolar do plano divino através dos séculos, é atentar para os sinais dos tempos, é colocar-se em guarda para aquilo que virá.
Precisamos lembrar três coisas ditas no Novo Testamento quando o assunto é a volta do Senhor.
Primeiramente, a Bíblia diz: “daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24.36). Ninguém. Qualquer tentativa de prever não passará de soberba e heresia, loucura e engano. Todos os que tentaram predizer a data da vinda do Senhor ou do fim do mundo caíram em vergonha e descrédito porque a afirmação de Jesus é inconfundível.

Em segundo lugar, a Bíblia diz: “Não estais em trevas para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda” (1Ts 5.4). Apesar de não saber dia e hora, isso não significa que estamos distraídos e que a volta de Jesus, bem como seus resultados seja uma surpresa para nós. Se somos cristãos atentos, então estamos preparados para esse momento.
E, por fim, ainda um terceiro versículo: “Compreendeis a face dos céus e não sabeis discernir os sinais dos tempos?” (Mt 16.3). Há sinais indicando que a volta de Jesus e a consumação de todas as coisas está próxima. Estão acontecendo coisas importantes que não podem ser ignoradas. Considerá-las fatos corriqueiros da vida pode ser considerado uma enorme falta de discernimento.
A seguir, estão enumerados nove sinais da vinda de Jesus. Você provavelmente já ouviu falar de todos eles. Todavia, unidos da forma que estão permitem um panorama abrangente dos sinais dos tempos, uma nuvem ampla no horizonte alertando para aquilo que virá.
1. Guerras e Revoluções
“Então lhes disse: Então levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino” (Lc 21.10)

O século 20, apesar da euforia de que tudo progredia a passos largos em direção a uma utopia mundial, foi marcado por duas sangrentas guerras mundiais, seguida por inúmeros conflitos da guerra fria. Apenas 21 anos após ter terminado a 1ª Guerra, quando o mundo achava que estava em paz, estourou a Segunda, que deixou um saldo de 77 milhões de mortos (destes, pelo menos 7 milhões de judeus). A bomba atômica, atirada sobre Hiroshima e Nagazaki em 6 de agosto de 1945, trouxe ao mundo o conhecimento de um poder de destruição nunca antes sonhado – a energia atômica.
“Assim, por exemplo, já em 1993, estimava-se que havia cerca de 48 guerras étnicas em andamento pelo mundo afora e que havia 164 reivindicações e conflitos étnico-territoriais a respeito de fronteiras na ex-União Soviética, dos quais 30 envolviam alguma forma de conflito armado.”1

2. Catástrofes naturais
“E haverá grandes terremotos, fomes e pestilências em vários lugares, e coisas espantosas” (Lc 21.11)
O Tsunami no sudoeste asiático, os tufões e terremotos dos últimos vinte anos têm de fato produzido preocupações para as autoridades mundiais. Pesquisas científicas fazem predições mais apocalípticas do que o próprio Apocalipse. Não há perspectivas positivas nesse sentido.
A OMS considera a malária a pior doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para a AIDS, e ceifando três milhões de pessoas por ano, desde 1980. A AIDS, por sua vez, foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde, com 22 milhões de mortos até o momento.

3. Aumento do pecado
“E por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12)
Para muitos talvez pareça redundante falar do aumento do pecado em nossos dias, como um dos sinais apontados por Jesus em seu sermão profético. Que há excesso de pornografia, fornicação, adultério, desonestidade, violência, isto é evidente para qualquer pessoa. A revolução sexual e as drogas ganharam tal espaço na sociedade que parece querer submergir a tudo.
Entretanto, a pecaminosidade já passou da dimensão quantitativa. A questão do pecado humano é de outra natureza. Primeiramente, porque o conceito de pecado tem sido banido da mente do homem moderno. Ele não reconhece mais a palavra. O mero pronunciamento dela tornou-se algo retrógrado.
Se pensávamos que a hipocrisia era a maior manifestação da pecaminosidade, nos enganamos completamente. Se achávamos que alguém praticar escondido aquilo que condenava publicamente era o que de mais terrível poderia haver, também nos enganamos. Vivemos hoje algo muito pior. Mais grave que a hipocrisia é a apologia do mal.

Mulheres de renome agora se gabam de suas fotos pornográficas e homossexuais se sentem ofendidos com qualquer um que lhes chame de pecador. Pouco a pouco o homossexual transforma-se em cidadão de primeira classe e quem dele discorda é rotulado como doente homofóbico. Em alguns países a lei protege quem mata a criança no ventre e usuários de drogas, antes escondidos em seus becos, marcham pelas ruas reivindicando seus direitos. A sensualidade, outrora descrita como obra da carne, agora se tornou a maior virtude de uma mulher. O pudor virou motivo de escárnio. A luz virou trevas e as trevas, luz; o amargo, doce; e o doce, amargo. O bem é mal e o mal é bem. O pecador não mais se envergonha de seu pecado, gaba-se dele.
O problema do pecado não é que ele se multiplicou tanto. É que ele se tornou virtude e quem dele não abusa é contado como louco ou insano. Como aconteceu com os amorreus um dia, a medida do pecado humano já está quase cheia (Gn 15.16).

4. A multiplicação do conhecimento
“Muitos correrão de uma parte para outra e a ciência se multiplicará” (Dn 12.4)
Nosso século conheceu a técnica como jamais na História. Os meios de comunicação transformaram o mundo naquilo que Macluhan, teórica da comunicação, chamou de “Aldeia Global”. O mundo tornou-se menor. O homem foi capaz até mesmo de, em 20 de julho de 1969, pôr os seus pés na Lua. O telefone, o rádio, o telex, o fax, a televisão, o computador, a internet – tudo isto tem sido criado em um único século e feito uma enorme revolução no mundo. Na verdade, a cada minuto uma nova tecnologia é desenvolvida no mundo, cujo impacto sentiremos em breve.

5. A propagação da Nova Era
“…porque estão cheios de adivinhadores do Oriente…” (Is 2.6)
O Movimento Nova Era, que exportou inúmeros conceitos das religiões e filosofias orientais, tem sido um fenômeno religioso em contínuo crescimento. Sua influência tem sido sentida em diversos setores da vida moderna, na educação, na medicina, na vida empresarial e em outras áreas. Muitos que não foram alcançados pela mensagem do evangelho têm se apegado a este tipo de espiritualidade satânica, que nada mais é do que a preparação para o futuro governo anticristão.

6. O avivamento pentecostal
“Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre toda carne…” (Jl 2.28).
No início do século teve origem um movimento que trouxe nova vida à Igreja e que estava destinado a influenciar todo o mundo – o Movimento Pentecostal. Começou nos EUA e espalhou-se no mundo inteiro. A Igreja de Cristo passou a viver em uma nova dimensão de poder, vivenciando experiências sobrenaturais, como o falar em línguas, as curas e a expulsão de demônios. Não se pode negar que em sentido de autoridade espiritual e milagres a Igreja de Cristo tem vivido um tempo como nunca antes.

7. O renascimento de Israel
“Nasceria um povo num só dia, uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu luz aos seus filhos” (Is 66.8).
O século 20 também presenciou um dos mais reais cumprimentos das profecias milenares – o renascimento da nação de Israel. No dia 27 de novembro de 1947, a ONU votava a favor da criação do Estado judeu. E em 14 de maio de 1948, contra todas as probabilidades, os judeus voltaram a ser uma nação efetiva outra vez. Este povo, que estivera por quase 2000 anos espalhado no mundo inteiro, ganhou existência como nação independente. Este foi um sinal inequívoco da mão de Deus sobre a História.

8. A pregação do Evangelho pelo mundo inteiro
“E quando este evangelho tiver sido pregado no mundo inteiro, então virá o fim” (Mt 24.14)
Esqueçam as estatísticas que afirmam que a religião muçulmana foi a que mais cresceu. Na verdade, a taxa do crescimento populacional entre os povos muçulmanos é que é alta. Nenhum povo da terra cresceu em número como os evangélicos. No mundo inteiro há testemunhos dos crescimentos vertiginosos das igrejas evangélicas. Na Coréia do Sul, por exemplo, a população evangélica já é quase metade da população nacional. A maior igreja do mundo se encontra lá, com mais de 700 mil membros. Sem falar na África, na América Central, e no Brasil, em que chegam muitas vezes a 1∕4 da população.

9. A iminência do Governo Mundial
“…o quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços” (Dn 7.23).
Não é de hoje que se fala em um governo mundial. Desde que as primeiras utopias surgiram com elas também vieram a ideia de um mundo unificado sob um governo único. A diferença é que ele já existe, pelo menos em potencial. A influência da ONU, ainda que limitada, tem se mostrado eficaz, ao menos na divulgação do conceito. Trabalhando a questão ambiental, criando um imposto mundial e por meio de sanções e vetos, a ONU tem conseguido impor sua vontade para uma boa parcela de países. Além disso, ela é fortemente influencia pelo Movimento Nova Era, que tem organizações instaladas próximo ou dentro da própria ONU.
Uma declaração de Alice Bailey, uma das principais profetizas da Nova Era, cuja organização Boa Vontade Mundial faz parte do Conselho Consultivo da ONU, chama-nos atenção: “Dentro da ONU está o germe e a semente de um grande grupo internacional de meditação e reflexão – um grupo de pensadores bem informados, em cujas mãos está o destino da Humanidade. Eles estão sob o controle de muitos discípulos do ‘quarto raio’ (…) e seu foco é o plano de intuição búdica – o plano que comanda toda atividade hierárquica”.
Não é difícil perceber a preparação do reino do anticristo dentro dessa caminhada.
Em face dessas nove perspectivas é fácil perceber o quão perto estamos da volta do Senhor. Sendo assim, nosso Maranata! precisa ficar cada vez mais alto e intenso. Nosso anseio e nossa preocupação pela volta de Jesus deve se manifestar cada vez mais em nosso viver diário. 
Ora vem Senhor Jesus! (Ap 22.20).

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